A Indonésia está retomando o programa de mistura de etanol na gasolina como parte de sua estratégia para expandir o uso de energias renováveis. O programa, chamado de “Programa de Bioetanol de Cana-de-Açúcar para Segurança Energética,” foi lançado em 2015 com a meta de atingir uma mistura de 20% de etanol na gasolina até 2025, mas foi suspenso em 2020. Em junho deste ano, a empresa estatal de energia começou a vender gasolina com 5% de etanol em duas cidades do país.
Agora, o governo indonésio está considerando aumentar a mistura para 7% de etanol na gasolina e está realizando estudos para avaliar o impacto dessa medida na redução das emissões de carbono. No entanto, um dos desafios é garantir a disponibilidade do biocombustível e produtos derivados da cana-de-açúcar no país.
Estima-se que a implementação de um mandato de mistura de 10% de etanol na gasolina na Indonésia exigiria a produção de 890 milhões de litros de etanol por ano, enquanto o país planeja produzir 1,2 bilhão de litros de etanol de cana-de-açúcar até 2030.
A experiência brasileira no uso de etanol nos veículos leves foi destacada como um exemplo que poderia ajudar a Indonésia em sua transição para biocombustíveis. O Brasil tem mais de 40 anos de experiência na produção e uso de etanol como combustível, e o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Evandro Gussi, ofereceu cooperação para compartilhar conhecimentos e tecnologias.
O seminário “Ethanol Talks Indonesia” reuniu especialistas dos setores de biocombustíveis, automotivo e energia, representantes de embaixadas e estudantes universitários para discutir questões relacionadas à mobilidade sustentável e ao uso de etanol como uma opção mais limpa de combustível. O evento foi promovido pela Unica, APLA (Arranjo Produtivo Local do Álcool) e Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Embaixada do Brasil em Jacarta.
Fonte: noticias agrícolas
