
Governos da Argentina e dos Estados Unidos selaram, nesta quinta-feira (13), um acordo comercial com foco na exportação de proteínas e insumos estratégicos. Previsto para entrar em vigor em 26 de novembro, o pacto visa expandir o acesso da carne bovina argentina ao mercado norte-americano.
Na prática, os EUA devem reduzir tarifas e remover barreiras à entrada da proteína argentina, o que tende a fortalecer a competitividade dos frigoríficos locais em um cenário global acirrado. Em contrapartida, a Argentina oferecerá preferências tarifárias para bens americanos, abrangendo tecnologia e máquinas agrícolas, além de eliminar licenças de importação.
Lítio e minerais críticos entram na ‘jogada’
O acordo também aborda a frente estratégica de lítio e minerais críticos, componentes essenciais para a transição energética e para o setor de máquinas e equipamentos agrícolas. O objetivo é fomentar investimentos e harmonizar regras de segurança econômica e de exportação.
Adicionalmente, a Argentina se compromete a adotar padrões técnicos americanos em setores industriais e a fortalecer a proteção à propriedade intelectual. Tais medidas têm potencial para impactar positivamente cadeias produtivas do agronegócio, como as de defensivos e biotecnologia.
Governo Milei celebra e cita avanço para a pecuária
O governo argentino celebrou o avanço para a pecuária, declarando em comunicado que o acordo “ampliará significativamente” o acesso da carne bovina aos Estados Unidos. O presidente Javier Milei também reforçou o alinhamento com Donald Trump para aprofundar a cooperação econômica.
O chanceler Pablo Quirno destacou que o pacto cria um ambiente propício para o aumento de investimentos americanos na Argentina, incluindo áreas ligadas ao agronegócio e à indústria alimentícia. O ministro do Interior, Diego Santilli, qualificou o acordo como “histórico”, enfatizando a redução de tarifas e a abertura de novos mercados.
Por parte dos Estados Unidos, a Casa Branca informou que a Argentina concederá preferências a uma variedade de produtos americanos, como químicos, medicamentos, maquinário agrícola e diversos outros insumos para o setor produtivo. O embaixador Peter Lamelas ressaltou que os Estados Unidos permanecem como “o parceiro mais confiável” da Argentina em termos de estabilidade econômica e energia.
(*) Com informações de Safra News e Estadão Conteúdo
Fonte: Canal Rural.








