
Representantes do agronegócio do Brasil, Argentina e Paraguai emitiram um comunicado conjunto expressando sua insatisfação com o Regulamento da União Europeia contra o Desmatamento (EUDR). A declaração foi formalizada no contexto do Espaço Parlamentar Agroindustrial Sul-Americano (EPAS).
Segundo o manifesto, o EUDR foi sancionado sem o devido diálogo com os países que atuam como exportadores, configurando-se como uma potencial barreira comercial sob o pretexto ambiental. As entidades argumentam que a nova regulamentação contraria preceitos do direito internacional ao impor requisitos unilaterais, com consequências diretas para os setores agrícolas da América do Sul.
O coletivo também levanta objeções quanto à categorização de risco genérica estabelecida pela União Europeia para a região, que implica em protocolos de vigilância e rastreabilidade mais rigorosos. As organizações sustentam que tal classificação carece de embasamento científico e ignora os progressos significativos já realizados em matéria de legislação ambiental, rastreabilidade de produtos e práticas sustentáveis.
O regulamento EUDR tem previsão de entrada em vigor em 2025 e demandará que mercadorias como carne, café, soja e madeira apresentem certificação de origem livre de desmatamento, com a obrigatoriedade de geolocalização das áreas produtivas e rastreabilidade completa da cadeia de suprimentos.
Fonte: Canal Rural.








