O Ministério do Comércio da China e a Administração-Geral das Alfândegas anunciaram nesta sexta-feira (7) a suspensão, válida até 10 de novembro de 2026, de um conjunto de medidas de controle de exportação originalmente divulgadas em 9 de outubro. Essas restrições impactavam principalmente a cadeia produtiva de terras raras e de minerais e insumos críticos.
As regras agora suspensas exigiam licença obrigatória para a exportação de equipamentos de separação, refino e sinterização, utilizados na produção e processamento de terras raras, bem como de minérios, reagentes de flotação e extratantes específicos. Tais insumos são cruciais para setores como o de indústria magnética, semicondutores, veículos elétricos e tecnologias de energia limpa. Além disso, fornos de alta temperatura, ligas metálicas e tecnologias de deposição e difusão, empregados na fabricação de ímãs permanentes de alto desempenho, também estariam sob controle.
O anúncio nº 57 expandia o escopo do controle para abranger produtos contendo terras raras médias e pesadas, como hólmio, érbio, túlio, európio e itérbio. Esses elementos são essenciais para aplicações em lasers, fibras ópticas, telecomunicações e dispositivos de armazenamento de energia. Já os anúncios nº 61 e 62 introduziam restrições com efeito extraterritorial, obrigando empresas estrangeiras a obterem autorização de Pequim para reexportar, de países terceiros, produtos fabricados com insumos de origem chinesa. A medida também previa licença para a transferência de tecnologias relacionadas à mineração e metalurgia de terras raras.
Essas diretrizes foram anunciadas uma semana após o encontro entre o presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping, realizado no final de outubro. Nesta quinta-feira (6), os Estados Unidos formalizaram a suspensão, por um ano, da elevação de tarifas impostas à China.
Fonte: Canal Rural.
