Produtores de carne bovina dos EUA buscam mais exportações; pressão em Trump aumenta

Produtores de carne dos EUA pedem a Trump a remoção de barreiras sanitárias e tarifárias para impulsionar exportações. O setor busca manter o ímpeto da política “America First” para ampliar o acesso a mercados globais.

Divulgação Iagro
Divulgação Iagro

O Instituto da Carne dos Estados Unidos (Meat Institute) solicitou ao governo que mantenha o ímpeto da política comercial “America First” e avance na remoção de barreiras que ainda restringem as exportações americanas de carne bovina, suína e de aves. Em documento submetido ao Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), a entidade listou uma série de entraves sanitários, tarifários e burocráticos que, segundo o setor, freiam o crescimento das vendas externas, mesmo após recentes avanços na Europa, no Reino Unido e no Sudeste Asiático.

A presidente e CEO do Instituto, Julie Anna Potts, enfatizou no documento que o potencial de exportação da indústria continua limitado por barreiras sanitárias injustificadas, tarifas proibitivas, cotas tarifárias e exigências burocráticas onerosas para o registro e aprovação de plantas exportadoras.

Entre os principais desafios apresentados ao USTR, o Meat Institute citou o não cumprimento, pela China, dos compromissos do Acordo de Fase Um e a manutenção de tarifas retaliatórias sobre a carne americana; as restrições regulatórias que ainda dificultam as exportações de carne bovina e suína para Taiwan, e as barreiras persistentes em países do Sudeste Asiático como Filipinas, Indonésia, Malásia, Camboja, Tailândia e Vietnã.

Também foram apontadas como preocupações as políticas restritivas da União Europeia e do Reino Unido, o aumento das exigências de registro de estabelecimentos comerciais em Hong Kong, as barreiras históricas ao comércio de carne com a África do Sul e a necessidade de fortalecer a cooperação sanitária internacional para prevenir doenças animais exóticas e manter o fluxo comercial global. O Instituto ressaltou também a importância de capitalizar o momento favorável com a Austrália e de avançar na plena implementação do acordo Korus com a Coreia do Sul.

Apesar das críticas, a entidade elogiou a administração pela reativação de políticas comerciais voltadas ao setor agropecuário. Segundo Potts, a agenda “America First” revitalizou a política de comércio exterior dos Estados Unidos e demonstrou a capacidade do país de enfrentar de forma proativa as barreiras infundadas que limitam o potencial das exportações de carne e aves, impactando negativamente produtores, frigoríficos e trabalhadores americanos. “Em poucos meses, o governo fez progressos na Europa, no Reino Unido, no Sudeste Asiático e em outros mercados críticos”, declarou.

Ainda segundo a entidade, as exportações são cruciais para a sustentabilidade da cadeia produtiva e para o fortalecimento do agronegócio americano. “As exportações agregam valor a cada animal produzido e, consequentemente, aumentam a demanda por milho e soja dos EUA. Em média, as exportações de carne suína contribuem com US$ 64 por animal, enquanto as de carne bovina geram mais de US$ 400 por cabeça”, afirmou.

Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela equipe do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

Fonte: Canal Rural.