Durante a Cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), realizada em Busan, na Coreia do Sul, os presidentes Donald Trump e Xi Jinping se reuniram nesta quinta-feira (30). Este foi o primeiro encontro presencial entre os líderes das duas maiores economias globais desde 2019 e o primeiro de Trump em seu segundo mandato, sinalizando uma busca por reaproximação.
Após a conversa, o presidente americano anunciou que a China se comprometeu a adquirir volumes expressivos de soja e outros produtos agrícolas provenientes dos Estados Unidos. É relevante recordar que, durante o período de tensão comercial, o mercado chinês ampliou consideravelmente suas importações de soja brasileira.
Tom cordial e promessa de diálogo
A reunião, que se estendeu por cerca de uma hora e quarenta minutos, transcorreu em um ambiente cordial. Trump elogiou Xi como “um grande líder de um grande país”, ao passo que o presidente chinês expressou satisfação com o reencontro e sublinhou a importância da colaboração entre China e Estados Unidos.
No decorrer do diálogo, Trump manifestou seu interesse em visitar a China em 2026, enfatizando a necessidade de estabelecer um novo arcabouço para as relações comerciais. Xi, por sua vez, considerou as divergências entre as duas potências como um fator “normal”, mas ressaltou a importância de agirem como “parceiros e amigos”.
Guerra comercial e temas estratégicos
Os principais pontos de discussão incluíram a contínua guerra comercial, marcada por tarifas elevadas entre os países, e questões estratégicas como o rigor no controle de exportações de terras raras. A crise do fentanil nos Estados Unidos também foi um tema central. Antes de deixar a Coreia do Sul, o presidente americano informou que as tarifas relacionadas ao fentanil foram reduzidas para 10%.
Adicionalmente, Trump abordou a possibilidade de um futuro acordo comercial, elogiou Xi como um “negociador duro” e se mostrou otimista quanto a progressos nas negociações. O líder chinês, por sua vez, reiterou a importância de “progresso estável e cooperação mútua” para as relações bilaterais.
Fonte: Canal Rural.
