Preços da proteína bovina sobe mais fortemente do que a avícola
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP constatou um cenário de valorização dos preços das carnes no mercado brasileiro. Enquanto a carne de frango apresenta um avanço nos valores médios em comparação ao mês anterior, a carne bovina mantém-se em forte alta e a suína demonstra estabilidade. Essa dinâmica de preços impacta diretamente a competitividade da carne de frango no mercado.
A análise dos dados do Cepea revela que a carne de frango tem ampliado sua competitividade em relação à carne bovina. Na primeira quinzena de outubro, a carcaça casada bovina foi cotada a R$ 13,13 por quilo acima do frango inteiro resfriado, representando um aumento de 20,3% na diferença de preços em relação ao mês anterior. Essa maior diferença de preços favorece a escolha do consumidor pela carne de frango, dada sua maior competitividade.
Por outro lado, a competitividade da carne de frango em relação à suína tem sido reduzida. O preço do frango inteiro resfriado encontra-se R$ 5,80 por quilo abaixo do valor da carcaça especial suína, o que representa uma redução de 3,6% na diferença de preços em comparação a setembro. Essa diminuição na diferença de preços torna a carne suína mais atrativa para o consumidor, reduzindo a competitividade da carne de frango nesse comparativo.
Em resumo, os dados do Cepea indicam que a carne de frango tem ganhado competitividade em relação à carne bovina, mas perdido terreno frente à carne suína. Essa dinâmica é resultado das variações nos preços das diferentes proteínas, que são influenciadas por diversos fatores, como oferta e demanda, custos de produção e condições climáticas. É importante ressaltar que a competitividade entre as diferentes carnes é um fator dinâmico e sujeito a constantes mudanças, sendo influenciada por diversos fatores internos e externos ao mercado.
