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Alta no café robusta reflete queda na oferta e preocupação com a produção brasileira

Os preços do café robusta voltaram a subir no mercado internacional nesta segunda-feira (14/04), impulsionados pela preocupação com a oferta limitada. O grão, utilizado na produção de café instantâneo, teve valorização de 2,3% na bolsa ICE, cotado a US$ 5.164 por tonelada métrica, após queda de 1,5% na semana passada. A forte redução nas exportações …

Os preços do café robusta voltaram a subir no mercado internacional nesta segunda-feira (14/04), impulsionados pela preocupação com a oferta limitada. O grão, utilizado na produção de café instantâneo, teve valorização de 2,3% na bolsa ICE, cotado a US$ 5.164 por tonelada métrica, após queda de 1,5% na semana passada.

Reprodução/Freepik

A forte redução nas exportações brasileiras de robusta, que caíram 84% em março em relação ao ano anterior, foi um dos principais gatilhos da alta. O Brasil é o segundo maior exportador mundial do grão. A corretora ADMISI destacou que a previsão de menor produção neste ano está ligada à seca prolongada de 2023, ao “ano de baixa” no ciclo bienal e às chuvas abaixo do esperado no início de 2025.

Já os estoques certificados do grão nos armazéns da ICE estão nos níveis mais baixos em um mês e meio, ampliando as preocupações com a disponibilidade global.

No mesmo movimento, os contratos futuros de café arábica, mais utilizado em cafés especiais, também subiram 0,7%, alcançando US$ 3,5600 por libra-peso.

Apesar da tensão comercial entre Estados Unidos e China, as commodities agrícolas mostraram reação positiva no início da semana. O alívio temporário veio após o governo Trump suspender tarifas sobre produtos eletrônicos importados, o que trouxe algum otimismo aos mercados globais.

Outras commodities ligadas ao setor de alimentos tiveram desempenho misto. O cacau recuou nos mercados de Londres e Nova York, com investidores atentos a uma possível queda de 5% a 7% nos dados de moagem do primeiro trimestre. Já o açúcar bruto permaneceu estável, e o açúcar branco caiu 1,1%, cotado a US$ 517,40 por tonelada.