Agroecologia & Meio Ambiente

Codevasf foca na proteção de nascentes e matas ciliares em Teresina

A recuperação hidroambiental será realizada em 27 hectares das zonas urbana e rural de Teresina, que ficam em Áreas de Preservação Permanente (APP)

Marcelo Filho, superintendente regional da Codevasf no Piauí. Foto: Reprodução/Codevasf.

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Teresina (Semam) firmaram um acordo de cooperação técnica para preservar nascentes e recuperar matas ciliares dos rios que banham a capital do Piauí.

O objetivo da ação é proteger a fauna e flora, os canais de água doce e evitar processos erosivos.

O ato de assinatura do documento contou com a presença do superintendente regional da Codevasf no Piauí, Marcelo Filho, o secretário municipal de Meio Ambiente, Luís André, a chefe da Unidade Regional de Meio Ambiente da Codevasf/PI, Talita Salomão, e analistas ambientais da Semam.


O acordo de preservação

A recuperação hidroambiental será realizada em 27 hectares das zonas urbana e rural de Teresina, que ficam em Áreas de Preservação Permanente (APP) próximas aos rios Poti e Parnaíba.

A previsão é finalizar os trabalhos em dois anos, divididos em etapas.

A primeira fase, que durará 60 dias, consiste em realizar o diagnóstico das áreas por meio de visitas, elaboração de relatórios e identificação de perímetros prioritários. A fase final incluirá o plantio de mudas e a manutenção dessas áreas.

O secretário da Semam destacou o papel do órgão municipal na parceria e a importância de atender ao Código Florestal.

“Além do apoio técnico, iremos conceder as mudas que serão plantadas nas áreas escolhidas pela equipe de trabalho dentro do que diz a legislação. É um acordo de suma importância por garantir a proteção e preservação de matas ciliares e nascentes na nossa capital”, afirmou Luís André.

Para o superintendente regional da Codevasf no Piauí, Marcelo Filho, a iniciativa resultará em impactos ambientais e sociais relevantes a médio e longo prazo.

“Serão 90 mil metros quadrados por módulo de serviço. Ao todo, serão executados três módulos, replantados e recuperados de matas ciliares que fazem diferença no futuro. Com menos assoreamento, iremos manter a diversidade das matas ciliares, teremos rios saudáveis, áreas verdes protegidas e temperatura mais amena”, explicou Marcelo Filho.


Desafios para a preservação ambiental em Teresina

A expansão urbana de Teresina ocorreu em torno de grandes riachos perenes e intermitentes, além de 32 nascentes, distribuídos em 55 sub-bacias, juntamente com os rios Poti e Parnaíba.

Pesquisadores, técnicos e autoridades apontam como principais desafios para a proteção, preservação e recuperação ambiental da região a expansão urbana e a existência de propriedades privadas com irregularidades quanto à proteção das Áreas de Preservação Permanente (APP).


Fonte: Codevasf.