O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, instalou nesta quinta-feira (23/11), a Comissão Nacional do G20 – grupo que reúne as maiores economias do mundo. A solenidade realizada no Palácio do Planalto contou com a participação dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do Supremo Tribunal Federal (STF), Roberto Barroso, do Banco Central, Roberto Campos Neto e de ministros.
Na abertura da reunião, Lula destacou que a presidência do G20 é um dos eventos internacionais mais importantes que o Brasil vai assumir a responsabilidade de coordenar e que este é um momento histórico para o País. O mandatário complementou que sua expectativa é fomentar ainda mais a pauta da desigualdade, fome e pobreza, que vem trabalhando desde o início de sua gestão. “Não é mais humanamente explicável o mundo tão rico, com tanto dinheiro atravessando o Atlântico, e a gente ainda ter tanta gente passando fome”, reiterou.
Segundo o presidente, outro assunto que o Brasil deve tratar na liderança do G20 é a questão climática e a transição energética. “Essa transição energética se apresenta para o Brasil como a oportunidade que nós não tivemos no século XX. De mostrarmos ao mundo que quem quiser utilizar a energia verde para produzir aquilo que é necessário para a humanidade, o Brasil é o porto seguro para que as pessoas possam fazer os seus investimentos”, afirmou.
Outra pauta no radar do Brasil é da governança mundial e o financiamento de países em crise. Durante a cerimônia, Lula anunciou uma força tarefa para trabalhar em todos estes eixos, com destaque a iniciativas de incentivo à bioeconomia e um grupo de trabalho para tratar sobre a pauta de empoderamento feminino.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, explicou que o evento é a conclusão da fase preparatória para o Brasil assumir a presidência do G20, a partir do dia 1º de dezembro. “A presidência brasileira do G20 será uma ocasião ímpar para projetar imagem renovada do Brasil e apresentar a visão de liderança em termos de cooperação internacional e debate das grandes questões econômicas e sociais. Será, portanto, uma das principais prioridades da política externa brasileira ao longo dos próximos 12 meses”, destacou Vieira.
Em junho, o presidente Lula assinou Decreto que institui a Comissão Nacional para a Coordenação da Presidência Brasileira do G20, integrada por 39 órgãos da Administração Federal, e designou os coordenadores responsáveis pelas duas trilhas do grupo: a de Sherpas, que representa os líderes do G20; e a financeira, que envolve o Ministério da Fazenda e o Banco Central. A presidência brasileira do G20 compreenderá mais de uma centena de reuniões em diversos níveis e em ambas as trilhas do grupo, que culminará em uma reunião de Cúpula, prevista para 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.
Fonte: Agência Gov