As cotações do açúcar seguem em queda nas bolsas internacionais. Em Nova Iorque, o contrato com vencimento em maio de 2025 recuou 0,53%, sendo negociado a 18,74 centavos de dólar por libra-peso. Em Londres, o mesmo contrato caiu 0,35%, fechando a US$ 536,40 por tonelada. A desvalorização está ligada às incertezas causadas pelas recentes tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, que geram instabilidade na economia global.

Com esse cenário adverso, investidores buscam ativos mais seguros, como o ouro. Durante o Cana Summit, evento do setor realizado recentemente, especialistas analisaram os impactos da conjuntura internacional sobre o mercado sucroenergético. A avaliação é que o Brasil, apesar das tensões geopolíticas, segue como um dos países menos afetados e pode até encontrar oportunidades comerciais diante das mudanças globais.
A expectativa para a safra 2025/26 é de estabilidade nos preços do açúcar, que devem permanecer próximos aos 18 centavos por libra-peso. O etanol também tende a ganhar força no mercado, e a remuneração por ATR pode alcançar R$ 1,25. Apesar do otimismo, os custos de produção preocupam, especialmente os fertilizantes, que devem pressionar os orçamentos das usinas e produtores.
Além das pressões econômicas, as condições climáticas são outro fator de atenção. A estiagem prolongada e as queimadas de 2024 impactam a produtividade em várias regiões produtoras. Diante disso, será essencial uma gestão mais eficiente dos recursos, com foco na logística, uso racional de insumos e estratégias comerciais mais assertivas.