A produção de peixes no Espírito Santo continua em expansão, registrando um crescimento de 7,25% em 2024 e alcançando 20.410 toneladas. A tilápia lidera a criação no estado, com 19.910 toneladas, enquanto os peixes nativos somam 500 toneladas. Fatores como clima favorável, disponibilidade de água e proximidade com grandes mercados consumidores impulsionam a atividade, consolidando-a como um setor promissor da economia capixaba.

Apesar do avanço, a piscicultura ainda enfrenta entraves que dificultam um crescimento sustentável. Segundo a Associação Brasileira de Peixe (Peixe BR), a burocracia no licenciamento ambiental é um dos principais desafios, exigindo maior agilidade por parte do governo estadual e das prefeituras. No setor privado, a falta de industrialização da cadeia produtiva limita a agregação de valor ao pescado, restringindo a competitividade do setor.
Municípios como Linhares, Domingos Martins e Guarapari se destacam na produção aquícola, com milhares de hectares dedicados à criação de peixes. No entanto, para que o setor se consolide como estratégico para a economia estadual, é essencial que haja avanços na regulamentação ambiental e na estruturação da indústria de processamento, permitindo maior valorização da produção e ampliação das oportunidades para os piscicultores capixabas.