A cana-de-açúcar é uma das principais culturas agrícolas do Brasil, sendo a segunda maior em produção. No entanto, o setor enfrenta desafios devido ao aumento da oferta de etanol de milho, o que afeta os preços e a comercialização. Em Goiás, a Associação dos Defensores do Agro (Adeagro), criada em 2024, busca melhorar as condições para os produtores de Quirinópolis. A associação foi formada após uma queda de 30% nos preços pagos pelas usinas na safra 23/24.
Com mais de 100 associados e 22 mil hectares produtivos, a Adeagro foca na educação dos produtores sobre o modelo de remuneração e os riscos da atividade. A presidente da associação, Elizabeth Alves, explica que a competição com o etanol de milho afetou os preços e volumes de comercialização do etanol, principal produto das usinas locais. Além disso, a diferença entre o valor antecipado e o preço final tem gerado endividamento, especialmente entre pequenos e médios produtores.
A Adeagro também busca aumentar sua representatividade no setor e melhorar os acordos comerciais. Com o custo de produção de R$ 106,79 por tonelada de cana e o preço do Açúcar Total Recuperável (ATR) baixo, a situação torna-se insustentável. A associação defende um modelo mais justo e sustentável, que beneficie tanto produtores quanto usinas, com foco em soluções que protejam os mais vulneráveis.
