A demanda da China por soja está apresentando um ritmo mais lento em comparação com anos anteriores. Esse comportamento mais moderado nas importações de soja está relacionado, em parte, à situação da suinocultura na China, que influencia diretamente a demanda pela soja. Margens apertadas de processamento, juntamente com perspectivas de preços de soja em queda, contribuíram para volumes de importação mais baixos em setembro.
As importações de soja da China em setembro foram de 7,15 milhões de toneladas, abaixo da média para o mês e um pouco aquém das expectativas do mercado. Isso representa uma queda de 7,3% em comparação com o mesmo mês no ano anterior.A produção de carne suína na China teve um aumento expressivo de 4,8% no terceiro trimestre em relação ao ano anterior, atingindo o maior volume em uma década para esse período.
Isso ocorre porque os suinocultores têm aumentado sua produção nos últimos anos, se recuperando da peste suína africana que afetou gravemente o setor.No entanto, o aumento na produção de carne suína não está sendo acompanhado pelo consumo, o que tem impacto na demanda por farelo de soja e outros produtos relacionados à soja. Portanto, a dinâmica da demanda e a relação entre suínos e complexo de soja na China estão mudando.
Essa nova dinâmica pode manter a volatilidade do mercado de soja, com os compradores buscando opções competitivas. O Brasil deve continuar sendo um foco importante, especialmente após o final de 2023 e o início de 2024, quando os Estados Unidos podem se tornar mais competitivos com a chegada de novas safras, tornando a soja brasileira uma opção atraente para os compradores, especialmente a China.
No acumulado deste ano, a China já importou 77,8 milhões de toneladas de soja, um aumento de 14,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, com grande parte desse volume vindo do Brasil.
Fonte: notícias agrícolas