O dólar à vista encerrou a última sessão de setembro em leve queda em relação ao real, fechando a 5,0273 reais na venda, uma baixa de 0,25%. Apesar desse recuo, o dólar acumulou uma alta de 1,51% durante o mês de setembro.
Pela manhã, a disputa pela formação da Ptax de fim de mês e de trimestre aumentou a volatilidade no mercado de câmbio. A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista e serve como referência para a liquidação de contratos futuros.
No entanto, o dólar permaneceu em território negativo durante o dia, influenciado pelos dados de inflação nos Estados Unidos. O Departamento do Comércio dos EUA informou que o núcleo do índice de preços PCE, que exclui alimentos e energia, aumentou apenas 0,1% em agosto, abaixo das expectativas.
Esse dado foi bem recebido pelo mercado, pois diminuiu as chances de o Federal Reserve (Fed) elevar ainda mais as taxas de juros para conter a inflação. Como resultado, o dólar enfraqueceu em relação a outras moedas, incluindo o real.
Durante a tarde, com a Ptax definida, o dólar teve maior liberdade para oscilar e se aproximou da estabilidade em alguns momentos. No entanto, ainda fechou em baixa no Brasil, acompanhando o recuo da moeda em relação a outras divisas de mercados emergentes e exportadores de commodities.
Em relação ao real, o dólar agora enfrenta um novo cenário técnico, com o nível de 5 reais passando de uma barreira de resistência para um piso técnico. Isso significa que quando o dólar se aproxima dos 5 reais, ordens de compra são acionadas, impedindo quedas significativas da moeda.
Globalmente, o dólar estava próximo da estabilidade em relação às principais moedas fortes. O Banco Central realizou a rolagem integral de todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional oferecidos na rolagem dos vencimentos de dezembro.
Fonte: noticias agrícolas