Procura por flores para as festas de fim de ano impulsiona o setor
As plantas ornamentais conquistaram um espaço especial nos lares e ambientes de trabalho dos brasileiros. Além de embelezar os espaços, o setor de floricultura mostra força e impulsiona a economia. A expectativa do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) é que o setor cresça entre 6% e 8% em 2024.
Apesar dos problemas climáticos que causaram prejuízos para produtores de diversas regiões do país, seja com a chuva intensa ou a seca, o número deve ser positivo. Um dos motivos é a alta procura de flores para as festas de fim de ano, como a poinsétia, as tuias, o lírio-da-paz, o antúrio e as rosas.
“As mudanças climáticas afetaram a produção, mesmo com a grande maioria sendo plantada em estufas. O efeito foi bastante impactante, principalmente pelo período de tempo seco e, depois, com o excesso de chuvas, como as que provocaram enchentes no Rio Grande do Sul”, destaca Renato Opitz, diretor do Ibraflor.
Em 2025, o cenário não deve mudar muito. Opitz entende que a alta do dólar pode impactar nos preços dos produtos agrícolas, como os defensivos e fertilizantes, itens fundamentais no cultivo de flores e plantas ornamentais.
Além das vendas, outro destaque do setor foi o registro de 272 mil empregos diretos, o que representa 1,17% das vagas geradas pelo agronegócio.
A presença feminina é maior que a masculina na floricultura, segundo o levantamento do Ibraflor em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) divulgado em 2023. Empregabilidade de mulheres em toda a cadeia do setor chega a 44% dos empregos, número superior à média nacional do agronegócio (32%).
Segundo o Ibraflor, uma das explicações para esse domínio é a preferência de empresários do setor por mulheres em determinadas funções pela delicadeza e manejo com as flores nas fases que vão do plantio até a colheita.