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Foi encontrado no Lago Tefé mais dez botos sem vida

A equipe envolvida na ação de acompanhamento e possível retirada dos botos vermelhos e tucuxis do Lago Tefé, no Amazonas, encontrou mais dez carcaças desses animais, segundo informações do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. A maioria das carcaças estava em decomposição e foi encaminhada para necrópsia. Até o momento, a principal causa da morte de …

Foto: MIGUEL MONTEIRO/INSTITUTO MAMIRAUÁ

A equipe envolvida na ação de acompanhamento e possível retirada dos botos vermelhos e tucuxis do Lago Tefé, no Amazonas, encontrou mais dez carcaças desses animais, segundo informações do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. A maioria das carcaças estava em decomposição e foi encaminhada para necrópsia. Até o momento, a principal causa da morte de mais de 130 botos no Lago Tefé tem sido atribuída às altas temperaturas na região.

Os dados do monitoramento da qualidade da água do lago mostraram que a temperatura da água chegou a atingir 38°C, e peixes mortos foram encontrados próximos a uma mancha identificada anteriormente como uma floração de algas. Há suspeitas de que essas algas possam estar liberando toxinas prejudiciais aos animais.

Veterinários especializados em reabilitação de animais silvestres do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) chegaram ao local para auxiliar no atendimento aos botos. A equipe do Centro de Triagem do Ibama vai trabalhar em conjunto com outros órgãos que já estão atuando na emergência ambiental.

A ONG Sea Shepherd Brasil enviou quatro piscinas infláveis para garantir a sobrevivência dos animais impactados pela seca extrema e pelo aumento da temperatura da água no lago.

Um Comando de Incidentes (CI) foi instalado em Tefé, com a coordenação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com o apoio do Instituto Mamirauá e do Instituto de Proteção Ambiental da Amazônia (IPA/AM). As ações estão concentradas no monitoramento dos animais vivos, na coleta e necrópsia das carcaças e na análise das possíveis causas do incidente, incluindo a análise de outras variáveis ambientais.

Além das altas temperaturas e da possível liberação de toxinas pelas algas, alguns animais também estão feridos pelas lâminas dos barcos a motor, pois a pouca profundidade do lago impede que mergulhem o suficiente para escapar das hélices. Medidas de proteção estão sendo adotadas para preservar as espécies afetadas.

Fonte: agência brasil