A Secretaria de Política Agrícola divulgou a edição mais recente do Boletim de Finanças Privadas do Agro.
Os saldos dos títulos monitorados pelo Boletim, referentes a março de 2023, mostram-se consideravelmente maiores em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e as Cédulas de Produto Rural (CPRs) merecem destaque, com estoques de, respectivamente, R$ 377,74 bilhões e R$ 228,55 bilhões.
Durante a safra atual de 2022/23, entre julho e março, os registros acumulados de CPR atingiram R$ 195,79 bilhões, um aumento de 64% em relação ao mesmo período da safra anterior.
De acordo com o Diretor de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário, Wilson Vaz de Araújo, são recursos que beneficiam diretamente os produtores, visto que a CPR financia a produção agropecuária, bem como produtos industrializados e insumos relacionados à cadeia do agronegócio, antes e depois da porteira.
A LCA tem desempenhado um papel crucial, inclusive no Crédito Rural. Conforme a legislação atual, as instituições financeiras devem reinvestir no mínimo 35% dos recursos captados por meio da LCA no financiamento rural, sendo que pelo menos 30% desse montante deve ser direcionado para o crédito rural e o restante na aquisição de títulos do agronegócio. Nesse contexto, tendo em vista o saldo atual de R$ 377,74 bilhões em LCA, pelo menos R$ 132,21 bilhões estão sendo reinvestidos no setor.
Os dados referentes aos Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (FIAGRO) também têm despertado interesse. “Em menos de dois anos de existência, o patrimônio líquido desses fundos atingiu R$ 12,20 bilhões e atualmente são 57 Fiagro em operação”, explicou o Coordenador-Geral de Instrumentos de Mercado e Financiamento, Jonathas Alencar.
Fonte: Mapa.