Trigo

Emater projeta redução da área de trigo no RS, mas aumento de produtividade deve elevar produção em 55,27%

A área planta de trigo no Rio Grande do Sul deve ser 12,84% menor em 2024 em comparação com o ano anterior, porém com um produtividade superior em 77,05%, a produção no estado deve alcançar 4,068 milhões de toneladas, número 55,27% superior ao do ano anterior, que foi de 2,620 milhões de toneladas. As informações …

A área planta de trigo no Rio Grande do Sul deve ser 12,84% menor em 2024 em comparação com o ano anterior, porém com um produtividade superior em 77,05%, a produção no estado deve alcançar 4,068 milhões de toneladas, número 55,27% superior ao do ano anterior, que foi de 2,620 milhões de toneladas.

As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (28) pela Emater/RS-Ascar, que detalhou sua estimativa inicial da safra de grãos de inverno no Rio Grande do Sul. Os dados foram apresentados pelo diretor técnico Claudinei Baldissera. 

Segundo Baldissera, no último ano o trigo foi bastante prejudicado pelo clima, especialmente no momento da colheita,e nos tratos culturais e fitossanitários. Por isso, pela condição climática deste ano, estão projetados produtividade e produção superiores ao ano passado. 

No total, a área plantada de grãos de inverno no estado gaúcho tem a projeção de ser 7,11% inferior à de 2023. Porém, o aumento de produtividade de forma geral deve elevar a produção em comparação com o último ano, chegando a 5,28 milhões de toneladas. 

Outras culturas 

A  Emater/RS-Ascar informou também que a aveia branca deve ter pouca variação, com área 0,16% maior neste ano, passando de 364.989 hectares para 365.590 hectares. Deve ocorrer também um aumento na produtividade de 1,6 kg/ha para 2,4 kg/ha, com produção 50% maior, de 583.912 toneladas para 878.271 toneladas. Assim como o trigo, a cultura registrou problemas climáticos no ano passado. 

Para a canola, a área estimada é de 134.975 hectares, produtividade de 1,679 kg/ha e produção de 226.557 toneladas. Com área 74,35% maior e produtividade 13,87% superior, a produção deve superior em quase 100% a de 2023, que foi de 113.800 toneladas. De acordo com Baldissera, o plantio já está praticamente encerrado e irá fechar no próximo dia 30. 

Em relação à cevada, é esperada uma redução de 15,40% na área plantada, de 40.695 para 34.429. Porém, a produtividade deve aumentar 65,46%, de 1,961 kg/ha para 3,245 kg/ha, o que resultará em um aumento de 41,18% na produçao total, de 79.125 para 111.707. 


Expectativas em relação ao clima 

A Ematar apresentou também as expectativas em relação ao clima, com a participação do meteorologista da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Flávio Baroni. Ele mostrou que de 1 a 10 de junho choveu pouco sobre o Rio Grande do Sul, mas o restante do mês registrou grandes acumulados, prejudicando mais a situação, por isso houve certo atraso no plantio das culturas de inverno. 

Porém, com o fim do El Niño e projeção do La Niña no segundo semestre, segundo ele, o esperado é que o clima fique mais dentro da normalidade, com o inverno bem característico no Rio Grande do Sul. Porém, uma mudança bruca dos fenômenos climáticos, espera-se a partir de setembro uma diminuilção da chuva no estado. 

No modelo do Cimagri, a previsão é de julho dentro da normalidade. As chuvas demve começar a dimiuir em agosto e setembro, mas a previsão não é de volumes extremamente baixos. O espaçamento entre as chuvas será maior, mas deve chover, conforme afirmou o meteorologista. “Quem conseguir recuperar o solo, pode plantar a safra de inverno que terá boas condições climáticas”, declarou.

Em relação às temperaturas, o três meses devem ser mais frios que o normal, o que, de acordo com ele, vai ser bem para as áreas agricultágveis. “A temperatura vai ajudar e vai ter umidade, o que falta é continuidade de dias secos para germinar”, afirmou.