
Roberto Rodrigues, embaixador do cooperativismo na FAO e ex-ministro da Agricultura, lidera a delegação brasileira na COP30 com uma visão ampliada sobre o futuro do agronegócio. Ele organizou, em conjunto com diversas entidades, um documento fundamental para esta importante conferência global.
O grande objetivo da COP30 é atrair investimentos e concretizar promessas. O documento preparado por Roberto Rodrigues vai além de esperanças, apresentando ao mundo a comprovada experiência brasileira de 50 anos na produção de alimentos e energia agrossustentável. Desde 1970, o agro brasileiro cresceu sete vezes, com um aumento de produtividade de 229%, impulsionado pela ciência e por um modelo tropical singular. Atualmente, o Brasil figura como a quarta maior potência agrícola do mundo, atrás de potências milenares como China, Índia e Estados Unidos. A expectativa é que o país se torne a primeira agricultura do planeta em breve. Essa é a essência da visão que Roberto Rodrigues apresenta: não promessas, mas resultados concretos que beneficiam a Terra.
Em conversa exclusiva, Roberto Rodrigues compartilhou suas considerações sobre a COP30: “A agropecuária brasileira buscará demonstrar ao mundo que a agricultura tropical sustentável desenvolvida no Brasil pode servir de modelo para outros países tropicais na América Latina, África Subsaariana e Ásia. O objetivo é impulsionar a produção de alimentos, assegurar a segurança alimentar, promover a transição energética justa através da agroenergia, gerar riqueza, emprego e renda, tudo isso com foco na mitigação das mudanças climáticas.”
O documento está dividido em duas partes. A primeira narra a trajetória do Brasil, destacando as tecnologias e inovações que viabilizaram um crescimento agrícola sustentável e competitivo. A segunda parte apresenta propostas concretas para que países tropicais, com suas particularidades climáticas, de solo e institucionais, possam replicar o modelo brasileiro de crescimento.
Assim, o documento detalha a história de sucesso do agro brasileiro sustentável, com base em tecnologia, e oferece um roteiro prático para que outras nações tropicais alcancem resultados similares, considerando suas diferenças. Esta é a contribuição do Brasil para um mundo com mais alimentos, mais energia renovável, maior prosperidade para os mais vulneráveis e um planeta com o clima sendo tratado com a devida importância. A agropecuária tropical representa uma solução, não um problema. Essa é a proposição central que Roberto Rodrigues levará para a COP30, em um documento que consolida as vozes de diversas entidades em prol de uma proposta agrotropical robusta. Essa é a missão brasileira na COP30, sob a liderança de Roberto Rodrigues.

*José Luiz Tejon é jornalista e publicitário, doutor em Educação pela Universidad de La Empresa/Uruguai e mestre em Educação Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie.
Fonte: Canal Rural.








