Economia

Chuva no RS afetou resultado da agroindústria nacional

As enchentes no Rio Grande do Sul colaboraram para que a produção nacional da agroindústria em maio recuasse 0,4% na comparação anual, segundo levantamento do Centro de Estudos do Agronegócio (FGV Agro). O Estado é o quinto mais importante para a produção agroindustrial do país e concentra muitas indústrias de fumo e insumos agropecuários, que …

As enchentes no Rio Grande do Sul colaboraram para que a produção nacional da agroindústria em maio recuasse 0,4% na comparação anual, segundo levantamento do Centro de Estudos do Agronegócio (FGV Agro).

O Estado é o quinto mais importante para a produção agroindustrial do país e concentra muitas indústrias de fumo e insumos agropecuários, que foram os segmentos mais afetados no mês. Em maio, muitos municípios gaúchos já estavam debaixo d’água.

Também houve retração em relação a abril, após três meses de expansão. Na comparação mensal, a produção caiu 1,7%.

Setores afetados

A indústria de fumo foi a que teve a maior queda, de 22,9% na comparação anual, enquanto o segmento de insumos agropecuários recuou 17,8%. O setor de indústrias não alimentícias — que também inclui os de biocombustível, florestal e têxtil — teve retração de 2,4%. O Rio Grande do Sul é o principal produtor de máquinas e equipamentos e de fumo do Brasil.

No segmento de produtos alimentícios e bebidas, a produção não chegou a cair, mas desacelerou: na comparação anual, a produção agroindustrial subiu 1,2%.

As chuvas no Rio Grande do Sul afetaram a produção de laticínios, mas a produção nacional de alimentos de origem animal ainda cresceu, puxada pelo incremento da produção de carne bovina. Já os segmentos de alimentos de origem vegetal e de bebidas alcoólicas registraram retração.

Outros fatores

Além do impacto da tragédia gaúcha, a queda da agroindústria nacional refletiu o menor número de dias úteis — foram 21 em maio — um ano antes haviam sido 22, mesmo número de abril passado.

Apesar da queda em maio, a agroindústria acumula elevação de 3,1% desde o início do ano, o que ainda é um desempenho melhor do que a indústria de transformação, que registrou crescimento de 2,6% no período, segundo o FGV Agro.



Fonte: Globo Rural