O Rio Grande do Sul enfrenta uma situação de calamidade pública após a passagem de um ciclone extratropical que provocou chuvas intensas, ventos fortes e enchentes em várias regiões do estado. O governador Eduardo Leite sobrevoou as áreas atingidas nesta quarta-feira (06/09) e anunciou o cancelamento dos desfiles de 7 de setembro, além de pedir apoio do governo federal e do Exército Brasileiro.
Atualização (08/09/2023) – Até o momento, foram confirmadas 41 mortes no estado e uma em Santa Catarina, totalizando 42 vítimas na Região Sul. Há também nove pessoas desaparecidas e mais de 56 mil afetadas, entre desabrigados, desalojados e resgatados. O número de casas destelhadas e pontes destruídas também é alto, dificultando o acesso e a comunicação com as comunidades mais isoladas.
O ciclone também causou prejuízos para o agronegócio, um dos principais setores da economia gaúcha. Segundo a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), as lavouras de trigo, milho, arroz, soja e frutas foram as mais afetadas, com perdas de produtividade e qualidade. Além disso, a falta de energia elétrica prejudicou o armazenamento e o transporte dos produtos.
A Farsul estima que os danos causados pelo ciclone podem chegar a R$ 1 bilhão. A entidade pede que o governo estadual agilize a liberação de recursos para os produtores rurais e que o governo federal prorrogue os prazos para o pagamento das dívidas agrícolas.
O governador Eduardo Leite afirmou que está em contato com o Ministério da Agricultura para buscar soluções para o setor. Ele também disse que vai solicitar ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a abertura de uma linha de crédito emergencial para os agricultores.
Leite pediu solidariedade e resiliência à população gaúcha e alertou para a possibilidade de novas chuvas fortes nos próximos dias. Ele disse que o governo está mobilizado para dar todo o suporte às vítimas e para reconstruir as áreas devastadas pelo ciclone.
Fonte: Canal Rural.