De janeiro a agosto de 2023, em comparação com o mesmo intervalo de 2022, as exportações brasileiras registraram um aumento de 0,3%, atingindo um total de US$ 225,41 bilhões. Em contrapartida, as importações nos primeiros oito meses do ano apresentaram uma queda significativa de 10,4%, totalizando US$ 162,09 bilhões. Como resultado, a balança comercial apresentou um superávit de US$ 63,32 bilhões durante esse período, um crescimento notável de 44,8%. O superávit registrado é o maior da história nesse intervalo de tempo.
O Diretor de Planejamento e Inteligência Comercial do MDIC, Herlon Brandão, atribuiu esse resultado recorde ao aumento sustentado das exportações ao longo do ano, impulsionado pelo crescimento de 10,4% nos volumes embarcados, aliado à redução no valor importado, principalmente devido a uma queda de 8,1% nos preços dos bens.
No mês de agosto de 2023, as exportações de produtos brasileiros para o exterior aumentaram 1,4%, totalizando US$ 31,21 bilhões, enquanto as importações brasileiras nesse mesmo período diminuíram 19,6%, somando US$ 21,44 bilhões. Consequentemente, a balança comercial registrou um superávit de US$ 9,77 bilhões em agosto, representando um impressionante crescimento de 137,8%.
Setores e Produtos
Em agosto, observou-se um crescimento nas exportações de produtos do setor agropecuário, que aumentaram em 16,2%, totalizando US$ 7,75 bilhões. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo crescimento nas vendas de milho não moído, exceto milho doce (10,8%), café não torrado (17,4%) e soja (14,8%). No acumulado do ano, comparado com o mesmo período do ano anterior, houve um crescimento de 7% nas exportações de produtos agropecuários, que totalizaram US$ 57,45 bilhões, destacando-se as exportações de animais vivos, excluindo pescados ou crustáceos (150,2%), milho não moído, exceto milho doce (4,4%) e soja (8,7%).
No que diz respeito às importações em agosto, os setores de agropecuária apresentaram uma queda de 35,3%, indústria extrativa caiu 32,3% e a indústria de transformação diminuiu 18,3%, totalizando US$ 19,77 bilhões. Os principais produtos que registraram quedas nas importações foram trigo e centeio não moídos (-65%), milho não moído, exceto milho doce (-37,9%), e látex, borracha natural, balata (-42,1%). No acumulado de janeiro a agosto de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve uma redução de 21,8% nas importações do setor agropecuário, uma retração de 24,6% na indústria extrativa e uma queda de 8,7% na indústria de transformação.
Principais Parceiros Comerciais
Argentina
Embora as exportações para a Argentina em agosto de 2023 tenham diminuído 8,4%, no acumulado de janeiro a agosto de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior, as vendas para o país registraram um crescimento significativo de 19,6%, totalizando US$ 12,46 bilhões. As importações originárias da Argentina também tiveram uma queda de 5,0%, totalizando US$ 8,07 bilhões.
China, Hong Kong e Macau
As exportações para a China, Hong Kong e Macau em agosto deste ano cresceram 17,2%, totalizando US$ 9,46 bilhões. Segundo o Diretor, “os aumentos dos volumes embarcados de milho, petróleo, minério de ferro, soja e açúcar sustentaram as exportações para esse mercado”. Por outro lado, as importações de produtos chineses diminuíram 22,1%, totalizando US$ 5,09 bilhões.
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Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
