Serviço

Instituto disponibiliza teste para detectar parasitas no sangue de cães

As hemoparasitoses caninas, consideradas uma das principais causas de morbidade e mortalidade em cães, são ocasionadas por microrganismos patogênicos que parasitam as células sanguíneas, predominantemente transmitidos por carrapatos.

O Laboratório de Genética do Instituto de Zootecnia (IZ-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, localizado em Nova Odessa, passa a oferecer serviços avançados de detecção, diagnóstico e quantificação de hemoparasitas caninos por meio da técnica de PCR em Tempo Real Quantitativa (qPCR).

As hemoparasitoses caninas, consideradas uma das principais causas de morbidade e mortalidade em cães, são ocasionadas por microrganismos patogênicos que parasitam as células sanguíneas, predominantemente transmitidos por carrapatos. Apesar de sua relevância na saúde canina, essas enfermidades frequentemente são subdiagnosticadas devido às manifestações clínicas semelhantes causadas por diferentes agentes.

O laboratório do IZ visa preencher essa lacuna ao abranger os três principais patógenos hemoparasitas caninos: as bactérias Babesia spp., Ehrlichia canis e Anaplasma platys, responsáveis pela babesiose, erliquiose e anaplasmose, respectivamente. É importante ressaltar que as análises devem ser solicitadas por Médicos Veterinários responsáveis pelo atendimento clínico dos animais.

Rodrigo Giglioti, assistente técnico de pesquisa do IZ, destaca que a qPCR vai além da detecção da presença da doença, permitindo também a quantificação do nível de infecção. Essa técnica fornece dados precisos sobre a carga parasitária por meio da contagem de cópias do DNA do patógeno. Isso possibilita ao médico veterinário um acompanhamento detalhado da progressão da doença, uma avaliação precisa do prognóstico e a verificação da resposta ao tratamento, contribuindo para uma abordagem terapêutica mais eficiente.

Entendendo a Técnica

A PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) é uma técnica de biologia molecular fundamental para detectar patógenos, amplificando regiões específicas do DNA. Essencial em diagnósticos clínicos, saúde pública e pesquisa, ela proporciona identificação rápida e precisa de microrganismos, como vírus, bactérias, protozoários e fungos, devido à sua alta sensibilidade e especificidade.

A evolução para a PCR quantitativa (qPCR), ou PCR em tempo real, permite não apenas a detecção, mas também a quantificação da carga de infecção do patógeno. Diferentemente da PCR convencional, que oferece resultados qualitativos, a qPCR possibilita a detecção e quantificação simultâneas, aumentando significativamente a eficácia na identificação de patógenos, inclusive em estágios iniciais da doença, durante fases crônicas e após o tratamento.


Fonte: Agrolink