O Instituto de Terras do Piauí (Interpi) realizará, na segunda-feira (22/07), a solenidade para a entrega do título coletivo de propriedade de terra para a Comunidade Quilombola Sussuarana, localizada no município de Piripiri. A localidade, composta por cerca de 100 famílias, possui uma rica história que remonta há mais de 100 anos, sendo formada por descendentes de ex-escravos.
A Comunidade Quilombola Sussuarana sobrevive principalmente da atividade agrícola de subsistência, do extrativismo vegetal e da criação de pequenos animais. Situada em um território que serve como cruzamento de antigos caminhos, a área foi historicamente um atalho que facilitava a implantação de currais e fazendas, além de conectar diversas outras atividades econômicas da época.
Essa entrega de título é mais um passo significativo no processo de regularização fundiária promovido pelo Interpi, que tem como objetivo garantir a segurança jurídica e a dignidade para comunidades tradicionais e agricultores familiares em todo o estado do Piauí.
Rodrigo Cavalcante, diretor-geral do Interpi, destacou a importância desse avanço para a comunidade e para o estado. “De junho de 2023 a junho de 2024, o Interpi saiu de 15 territórios titulados para 34, consolidando-se como referência nacional em regularização fundiária. A entrega do título para a Comunidade Quilombola Sussuarana representa não apenas a garantia de direitos, mas também o reconhecimento de uma história de luta e resistência que atravessa gerações”, afirmou o gestor.
A solenidade de entrega do título será um marco na história da Comunidade Quilombola Sussuarana, proporcionando às famílias a segurança de que suas terras, onde vivem e produzem há mais de um século, agora vão lhes pertencer de direito. Essa conquista é fruto do esforço conjunto entre a comunidade e o Interpi, que trabalha para promover a justiça social e o desenvolvimento sustentável no Piauí.
Com essa ação, o Interpi reafirma seu compromisso com a regularização fundiária e com o fortalecimento das comunidades tradicionais, garantindo-lhes a segurança necessária para continuar desenvolvendo suas atividades e preservando seu patrimônio cultural.