Política

Associação cobra valorização da pesquisa científica e agropecuária em SP

Mobilização ocorre no momento em que o governo do Estado estuda vender áreas experimentais A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) reivindicou valorização da pesquisa pública em carta aberta à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA). O documento foi entregue ao secretário Guilherme Piai durante evento para lançamento do programa Canéfora, como reportado pela Globo …

Mobilização ocorre no momento em que o governo do Estado estuda vender áreas experimentais

Pesquisadores científicos do Estado de São Paulo fizeram um protesto — Foto: Nícolas Damazio/Globo Rural

A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) reivindicou valorização da pesquisa pública em carta aberta à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA). O documento foi entregue ao secretário Guilherme Piai durante evento para lançamento do programa Canéfora, como reportado pela Globo Rural nesta quinta-feira (31/10).

Nesta sexta-feira (01/11), a entidade divulgou nas redes sociais o documento na íntegra. A mobilização dos pesquisadores ocorre no momento em que o governo do Estado de São Paulo estuda vender áreas experimentais dedicadas às pesquisas e à conservação, exemplo da Fazenda Santa Elisa, em Campinas, além das unidades de São Roque – onde há estudos com uvas – e de Tietê.

Antecipado com exclusividade pela reportagem, parte da Santa Elisa, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), armazena o maior banco de germoplasma de café do Brasil e também experimentos com macaúba, que se desponta como alternativa para a bioeconomia.

O Estado tem, atualmente, 16 Institutos Públicos de Pesquisa nas áreas de Agricultura, Saúde e Meio Ambiente. Apesar de ser o caixa mais abastecido do Brasil, “paga os piores salários para pesquisadores”, informa a carta.

“Manifestamos aos integrantes da equipe do secretário Guilherme Piai a nossa preocupação também com o orçamento proposto pelo governador Tarcísio de Freitas para a Secretaria de Agricultura no ano que vem. Há uma redução de 18,43% em relação a este ano, enquanto o orçamento do Estado deve crescer mais de 13%”, declarou Patricia Bianca Clissa, membro da diretoria da APqC.

Segundo a pesquisadora, “fica evidente, quando vemos áreas de pesquisa como a fazenda do IAC ameaçadas de venda, que a agricultura não está recebendo a devida valorização”.