COP30: Lula prevê transformação na visão global sobre a Amazônia

Lula anuncia que COP30 em Belém mudará a visão global sobre a Amazônia, com foco em desenvolvimento sustentável e apoio às comunidades locais. A conferência promoverá a bioeconomia e a sociobiodiversidade como pilares da preservação.

Lula, indígenas, Pará
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve na comunidade do Jamaraquá, localizada na Floresta Nacional do Tapajós, no oeste do Pará. Esta região, lar de mais de mil famílias de ribeirinhos e extrativistas, foi o cenário de discussões importantes sobre a relevância da Amazônia e os preparativos para a COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que acontecerá em Belém entre os dias 10 e 21 de novembro.

Durante o encontro, Lula enfatizou o papel da conferência em apresentar a Amazônia ao mundo de uma perspectiva mais abrangente. Ele destacou que a preservação da floresta exige não somente ações ambientais, mas também um forte apoio econômico, educacional e de saúde às comunidades locais. “Não é apenas pedir para manter a floresta em pé; é preciso oferecer condições dignas de vida para quem a protege”, declarou o presidente.

Nos dias 6 e 7 de novembro, o presidente Lula liderará a Cúpula do Clima, em Belém, reunindo chefes de estado de diversas nações. Ele permanecerá no Pará durante toda a semana, participando de agendas específicas relacionadas ao evento.

Comunidade e bioeconomia

O Jamaraquá se destaca pelo seu modelo de turismo de base comunitária, oferecendo trilhas pela mata e passeios pelos igarapés, além da produção de biojóias. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que acompanhou a visita, ressaltou como o modo de vida da população local é fundamental para a proteção da floresta. “Aqui é um exemplo vivo de bioeconomia e sociobiodiversidade. Manter a floresta em pé proporciona qualidade de vida e dignidade às famílias”, afirmou.

De acordo com a ministra, os ribeirinhos possuem um profundo respeito pelos ciclos naturais da floresta e atuam há gerações na sua preservação. A Flona do Tapajós abriga aproximadamente 1,2 mil famílias distribuídas em uma área de mais de 500 mil hectares, que mantêm vivas as práticas tradicionais de extrativismo e artesanato, incluindo a fabricação de seringas e biojóias. Marina Silva reforçou que essas atividades representam uma união bem-sucedida entre a sustentabilidade econômica e a conservação ambiental.

Fonte: Canal Rural.