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Melhorias em acessos ao porto de Paranaguá devem ampliar a exportação

Segundo a Portos do Paraná, terminal pode movimentar 15% mais que sua capacidade atual com os investimentos previstos nos acessos O Porto de Paranaguá, no Paraná, um dos principais terminais de exportação do país, deve entrar em um novo patamar de operação nos próximos anos. Segundo Luiz Fernando Garcia, presidente da Portos do Paraná — que inclui …

Segundo a Portos do Paraná, terminal pode movimentar 15% mais que sua capacidade atual com os investimentos previstos nos acessos

Reprodução Google

O Porto de Paranaguá, no Paraná, um dos principais terminais de exportação do país, deve entrar em um novo patamar de operação nos próximos anos. Segundo Luiz Fernando Garcia, presidente da Portos do Paraná — que inclui o porto de Antonina —, o terminal pode movimentar 15% mais que sua capacidade atual com os investimentos previstos nos acessos ao porto.

“Seria possível aumentar nossa capacidade atual de 65 milhões de toneladas para 75 milhões de toneladas”, estima. Na última década, a capacidade do porto saiu de 40 milhões de toneladas para as atuais 65 milhões de toneladas — nível que foi plenamente utilizado em 2023 —, com ajustes de operação e eliminação de gargalos internos. Segundo o executivo, o volume movimentado no ano passado foi 23% maior do que em 2018, quando o terminal já possuía a infraestrutura atual.

Garcia observa que os investimentos em projetos de infraestrutura de acesso rodoviário e ferroviário que já estão em andamento devem contribuir para um salto logístico, com reflexos positivos na cadeia de exportação de granel vegetal. “Para a próxima década, o cenário é muito promissor, com o atendimento da atual e da futura demanda que os portos terão”, diz.

Atualmente, a matriz de acesso dos produtos que chegam para exportação é 80% por rodovias e 20% por ferrovias. “Crescemos calcados no desenvolvimento rodoviário, mas essa matriz vai mudar e o porto precisa responder”, afirma. Garcia ressalta a nova moega ferroviária, conhecida como Moegão, que vai centralizar a descarga dos trens que chegam ao porto.

Com investimento de R$ 592 milhões, a área onde a estrutura será instalada terá capacidade para descarregamento simultâneo de 180 vagões em três linhas independentes. A administração do terminal acredita que o empreendimento ampliará a capacidade de descarregamento em 63%, passando de 550 para 900 vagões ao dia.

Ele lembra que novos investimentos devem ser feitos na Malha Sul — trecho ferroviário do Paraná que passa por Santa Catarina e Rio Grande do Sul, cuja concessão termina em 2027. O trecho pode ter a renovação de contrato com a Rumo, que hoje administra a malha, ou ser licitado novamente. De uma forma ou de outra, Garcia enfatiza que novos investimentos serão realizados. “Há perspectiva de grandes volumes de trechos ferroviários para atender ao Porto de Paranaguá”.