Feijão

Menor Preço Mínimo do Feijão Reduzirá Plantio, Diz Ibrafe

O Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBrafe) reclama que o governo federal reduziu o preço mínimo para o feijão-carioca. Em nota distribuída nesta quarta-feira (17/07), a entidade que apoia produtores diz que o novo valor desestimulará o plantio em 2024/25. “O Brasil está produzindo este ano menos feijão-carioca irrigado do que no ano passado e, apesar do discurso de que iriam …

Feijão – Foto Reprodução (Globo Rural)

O Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBrafe) reclama que o governo federal reduziu o preço mínimo para o feijão-carioca. Em nota distribuída nesta quarta-feira (17/07), a entidade que apoia produtores diz que o novo valor desestimulará o plantio em 2024/25.

O Brasil está produzindo este ano menos feijão-carioca irrigado do que no ano passado e, apesar do discurso de que iriam fazer estoque regulador, a Conab decidiu desestimular o plantio diminuindo o preço mínimo. Ainda bem que o brasileiro não depende do governo para ter feijão na mesa”, diz o texto.

“Para um governo que há pouco tempo disse que importaria feijão se precisasse, a atitude de diminuir o preço mínimo mostra que as ações caminham longe do discurso. Não bastasse a falta de seguro agrícola somada ao juro alto do Plano Safra, ainda reduziram o preço mínimo do feijão para a próxima safra”, completa o instituto.

Portaria divulgada pelo Ministério da Agricultura ontem reduziu em 1,1% o preço do feijão cores (que inclui o carioca), para R$ 181,23 a saca de 60 quilos. Já o feijão-preto terá preço mínimo de R$ 152,91 na safra 2024/25, queda de 4,16% em relação à temporada anterior.

Os preços mínimos servem de baliza para políticas públicas de apoio à comercialização, como o lançamento de contratos de opção de venda e as aquisições para formação de estoques.

“No final, fica o alívio na verdade de que o governo se afastando da produção deixa que os mecanismos de oferta e demanda estimulem e desestimulem o plantio e acabem por regular os preços. Mais do que nunca, o que os produtores e exportadores estão fazendo ao buscar ter mercado mundial para os excedentes é o melhor caminho”, conclui o texto.