Vários países manifestaram apoio ao pedido dos Estados Unidos de aumentar os recursos de empréstimo de cotas do Fundo Monetário Internacional (FMI) sem alterações na participação acionária durante a reunião anual do FMI no Marrocos. França, Reino Unido, Gana, Suíça, Finlândia e Bélgica divulgaram declarações de apoio a um aumento igualitário, em que os países contribuiriam com dinheiro proporcionalmente à sua participação atual no FMI.
O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, expressou apoio a esse aumento de cota se ele fosse associado a um aumento de cota “ad-hoc” para os membros do FMI mais “flagrantemente sub-representados”. Ele enfatizou que a falta de progresso na redistribuição das cotas e na governança do FMI poderia enviar um sinal negativo sobre o compromisso dos membros em fortalecer o multilateralismo.
O FMI busca reforçar seu poder de empréstimo, que atualmente é de US$ 1 trilhão, para continuar desempenhando seu papel central na rede de segurança financeira global. A diretora administrativa do FMI, Kristalina Georgieva, alertou que recursos adicionais são necessários para garantir que o Fundo possa responder a outra crise de grande escala.
A proposta dos EUA visa alocar recursos adicionais ao FMI sem reajustar a participação acionária dos países, uma medida que enfrentaria forte oposição relacionada a preocupações sobre a influência da China. A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, argumentou a favor de um aumento igualitário como a única opção viável na ausência de um novo acordo de realinhamento da participação acionária. A discussão sobre o realinhamento das cotas continua, e o apoio crescente para a proposta dos EUA está impulsionando o debate sobre como fortalecer o FMI e garantir que ele possa atender às necessidades globais em constante mudança.
Fonte: noticias agrícolas