
A gripe aviária H5N1, de alta patogenicidade, tem demonstrado uma rápida disseminação pela Europa, intensificando as preocupações com uma nova crise sanitária e econômica para o setor avícola. Desde o início de 2025, 62 países já registraram focos da doença, de acordo com informações da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Os dados mais recentes apontam para uma aceleração no contágio a partir de julho, com uma concentração notável de casos no continente europeu, impactando países como Espanha, Reino Unido, Alemanha, Polônia, Áustria e Portugal.
“A situação na Europa é preocupante, pois afeta nações com expressiva produção de frango, como a Polônia, um dos principais fornecedores do bloco”, destacou Ariel Mendes, presidente da Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia Animal (Facta).
Aumento da preocupação com a chegada do inverno
Com a aproximação do inverno europeu, a expectativa é de um aumento no número de casos, uma vez que o vírus tende a se propagar com maior facilidade em baixas temperaturas. O avanço da doença pode resultar em uma menor oferta de carne de frango e, consequentemente, em uma pressão sobre os preços, de forma semelhante ao que ocorreu em crises anteriores, quando milhões de aves foram sacrificadas preventivamente.
A perspectiva de redução na oferta dentro do mercado europeu tende a estimular a demanda por carne de frango brasileira, especialmente após a recente retomada do sistema de pré-listagem para exportações rumo à União Europeia. Este mecanismo, que esteve suspenso desde 2018, permite que o Brasil apresente uma lista de estabelecimentos habilitados para exportação sem a necessidade de aprovação individual de cada unidade. Mendes esclareceu: “Essa retomada otimiza as exportações e confere maior agilidade aos embarques brasileiros de carne de frango para o bloco europeu”.
Brasil pode ampliar participação no mercado europeu
Diante deste cenário, o Brasil, reconhecido como líder global nas exportações da proteína, tem a oportunidade de expandir sua participação no mercado europeu em um contexto de retração na produção local. Contudo, o alerta não se limita à Europa. O vírus H5N1, em sua forma circulante atual, demonstra alta capacidade de transmissão e maior agressividade quando comparado a variantes anteriores.
Além das aves migratórias, que historicamente atuam na disseminação do vírus entre continentes, o H5N1 tem sido detectado também em aves silvestres residentes, elevando o risco de contágio. As autoridades sanitárias reforçam a importância da intensificação da vigilância e da aplicação rigorosa de medidas de biosseguridade nas propriedades avícolas, a fim de impedir a entrada do vírus no rebanho comercial, sobretudo em países que mantêm o status de livres da doença, como é o caso do Brasil.
Publicado com auxílio de inteligência artificial e revisão da redação.
Fonte: Canal Rural.






 
							   
							  

 
									



