A carne suína perdeu competitividade em fevereiro diante das principais concorrentes, bovina e de frango. No atacado da Grande São Paulo, os preços das proteínas suína e de frango subiram, mas a valorização da suinocultura foi mais intensa. Segundo levantamento do Cepea, a carcaça especial suína teve alta de 10,8% frente a janeiro, atingindo R$ 13,20/kg, em média. Nem mesmo a queda nos preços na última semana do mês, reflexo da menor demanda, impediu esse avanço.

Já a carne bovina seguiu caminho oposto. A carcaça casada bovina caiu 3,8% em fevereiro, sendo negociada a R$ 22,31/kg, em média. A pressão dos frigoríficos sobre os preços, aliada à maior oferta de vacas e de animais confinados, resultou na desvalorização do boi gordo no mercado interno. Com isso, a diferença entre os preços da carne bovina e suína caiu 19,2% em relação a janeiro.
A aproximação dos valores da carne suína aos da bovina e o maior distanciamento da carne de frango reduziram sua competitividade. Em fevereiro, a carcaça suína ficou 35,7% mais cara que o frango inteiro, atingindo R$ 4,76/kg a mais. Esse cenário pode impactar a demanda e o consumo da proteína suína nos próximos meses.