O Rabobank apresentou o Global Pork Quarterly Q1 2024, oferecendo uma análise abrangente das tendências globais na produção e consumo de carne suína para o atual ano. O estudo revela diversos desafios enfrentados pela indústria, ao mesmo tempo que destaca oportunidades promissoras para inovação e crescimento.
A produção global de carne suína em 2024 será caracterizada por uma tendência de declínio, principalmente devido à redução do rebanho de fêmeas nas principais regiões produtoras. Países como China, Estados Unidos e algumas nações europeias enfrentarão, provavelmente, uma produção estável ou em declínio, reflexo dos desafios enfrentados por seus rebanhos reprodutores no final de 2023.
O relatório identifica a pressão das doenças como um fator adicional que impactará negativamente as perspectivas de produção em todo o mundo. Além disso, desafios como margens de lucro negativas, excesso de oferta e demanda fraca contribuem para a redução dos estoques, criando um ambiente desafiador para os produtores de carne suína.
Apesar desses desafios, o relatório aponta melhorias na produtividade ao longo de 2024. Ganhos genéticos, melhores práticas de gestão nas fazendas e estratégias de redução de custos serão impulsionadores essenciais para sustentar a eficiência na produção de carne suína.
Os preços das rações devem diminuir ainda mais, em parte devido à queda nos preços do milho e da soja nos últimos 12 meses. No entanto, o relatório adverte sobre a possibilidade de mais quedas, considerando a demanda estagnada e o aumento dos estoques. Mudanças climáticas podem influenciar a direção dos preços e oferta após o primeiro trimestre.
A proteína suína está bem posicionada entre os consumidores, especialmente diante das pressões inflacionárias que afetam outras proteínas animais. Os consumidores continuam a investir em carne suína nas principais regiões, embora estejam mais cautelosos em seus gastos. O relatório sugere que o abrandamento das pressões inflacionárias em 2024 apoiará ainda mais o consumo global de carne suína.
Fonte: Agrolink.