
O seguro rural, especificamente para o setor de pecuária, firmou-se como uma ferramenta indispensável de gestão de riscos, essencial para salvaguardar o patrimônio e os vultosos investimentos realizados pelos produtores. Em um segmento tão suscetível a intempéries, surtos de doenças e as oscilações climáticas, a apólice de seguro transcende a proteção individual do animal, englobando todo o universo produtivo da propriedade rural.
Em sua participação no quadro ‘A Protagonista’, do programa Giro do Boi, a especialista Karen Matieli, da Denner Seguros de Animais, elucidou a relevância do seguro como uma garantia fundamental contra potenciais prejuízos financeiros. Essa proteção abrange não apenas o gado de corte, mas também rebanhos leiteiros e, de maneira particularmente crucial, animais de alto valor genético.
“Nós oferecemos soluções para a bovinocultura em todas as suas etapas e modalidades”, declarou Matieli. Para outras atividades, como a suinocultura e a avicultura, o seguro também se estende às instalações que asseguram o bem-estar e a vida desses animais.
Confira a entrevista completa:
Coberturas Essenciais e Fatores de Precificação no Campo
O seguro voltado para o gado bovino disponibiliza uma cobertura abrangente e vital para a mitigação de perdas no ambiente rural. A apólice visa amparar a vida dos animais diante de eventos inesperados e críticos para a operação pecuária. Os principais aspectos cobertos incluem:
- Sanidade: Proteção contra doenças e acidentes, como picadas de cobra e descargas elétricas (raios).
- Manejo: Cobertura para casos de insolação e ingestão acidental de corpos estranhos.
- Reprodução: Amparo para complicações advindas do parto e para casos de aborto.
- Casos Extremos: Inclusão de cobertura para eutanásia, quando esta for indicada por razões humanitárias.
A precificação do seguro é um processo intrinsecamente específico, que vai além da simples contagem de animais. De acordo com a especialista, no caso de rebanhos leiteiros, é fundamental considerar fatores como o índice de mortalidade da propriedade, a raça dos animais, o sistema de criação adotado e, de forma primordial, o nível de produtividade do plantel. A lógica é direta: quanto menor a taxa de mortalidade e mais eficiente for a gestão da fazenda, mais favoráveis serão as condições da apólice.
Gestão de Risco Integral: Protegendo Toda a Estrutura da Fazenda
A gestão de riscos na propriedade rural deve transcender a simples proteção do rebanho. Karen Matieli enfatiza a importância de resguardar todo o ciclo produtivo, estendendo a cobertura do seguro para a gestão de riscos de toda a infraestrutura que sustenta a operação. O produtor rural deve assegurar a proteção de:
- Estruturas Físicas: Incluindo barracões de confinamento e instalações para produção de leite.
- Equipamentos e Tecnologias: Abrangendo máquinas agrícolas e demais implementos.
- Patrimônio Imobiliário: A própria fazenda, contra os efeitos adversos de eventos climáticos.
A cobertura para as estruturas protege a propriedade contra adversidades como vendavais e danos elétricos. Dessa forma, o seguro rural, com foco no gado e abrangendo a gestão de riscos completa da fazenda, atua como uma solução integrada, capaz de mitigar perdas que, isoladamente, poderiam representar um impacto catastrófico para o patrimônio e a continuidade do negócio agropecuário.
Fonte: Canal Rural.








 
							   
							  

 
									



