O rebanho leiteiro do Rio Grande do Sul apresenta boas condições de produção, conforme dados da Emater/RS-Ascar, divulgados em março. A recente queda de temperatura favoreceu o pastejo e ajudou na recuperação da produção leiteira, ao mesmo tempo que diminuiu problemas sanitários, como mastite e lesões nos cascos dos animais. No entanto, algumas propriedades enfrentam alta incidência de carrapatos.

Na região de Bagé, a produção teve uma queda de 14%, causada pelo calor intenso, que fez com que os animais ficassem mais tempo na sombra e na água, reduzindo a alimentação. Cidades como Caxias do Sul adotaram medidas de mitigação, como ventiladores e aspersores, enquanto Erechim sofreu com a queda de produção, mas com propriedades mais adaptadas ao estresse térmico.
Em Frederico Westphalen, os preços do leite mantiveram estabilidade, com leve expectativa de alta. A produção segue em queda devido à sazonalidade e ao impacto das altas temperaturas, que afetam o consumo de alimentos e o bem-estar dos animais. Em Ijuí, as temperaturas mais amenas beneficiaram o consumo de pasto, embora propriedades sem sombra ou controle térmico ainda enfrentem dificuldades.
Em regiões como Passo Fundo, a vacinação e o controle de carrapatos e moscas-dos-chifres seguem em andamento. Em Pelotas, algumas áreas registraram pequeno aumento no preço do leite. Em Santa Rosa, a produção caiu 20% devido à estiagem, mas estabilizou-se com ajustes alimentares, e em Soledade, a redução do estresse térmico contribuiu para a recuperação da produção leiteira.