Bolsa de Chicago

Perspectiva com safra de soja nos EUA derruba preço em Chicago

De acordo com analista, o clima se mostra favorável para as lavouras do país até agosto A soja começou o primeiro pregão do mês na bolsa de Chicago com preços em queda, devido às perspectivas favoráveis para a produção americana. Nesta segunda-feira (03/06), os papéis com entrega para julho recuaram 1,70%, negociados a US$ 11,8450 o bushel. Mesmo após …

De acordo com analista, o clima se mostra favorável para as lavouras do país até agosto

Após alta de 3,6% em Chicago, soja pode voltar a cair no curto prazo — Foto: Luiz Chaves/Arquivo/Secom-RS

soja começou o primeiro pregão do mês na bolsa de Chicago com preços em queda, devido às perspectivas favoráveis para a produção americana. Nesta segunda-feira (03/06), os papéis com entrega para julho recuaram 1,70%, negociados a US$ 11,8450 o bushel.

Mesmo após fechar o mês de maio com valorização de 3,6% na bolsa americana, a tendência de baixa para o grão ainda deve prevalecer, afirma Francisco Queiroz, analista da consultoria Agro do Itaú BBA.

“A soja recebeu suporte dos derivados [farelo e óleo] no último mês, mas o ponto racional dos fundamentos não mudou. Há uma projeção de boa safra de soja nos EUA, mesmo com a desaceleração do plantio, que tem um ritmo aquém do observado no ano passado, mas está dentro da média”.

Ainda de acordo com Queiroz, o clima favorável para o desenvolvimento da safra nos EUA corrobora com a tendência de desvalorização da oleaginosa.

“Até agosto, período de finalização da safra americana, os mapas de chuva mostram volumes favoráveis para as lavouras. Temos um balanço confortável de soja, apesar do maior consumo. Por isso os preços tentam reagir, mas chegam a um determinado limite e voltam a patamares mais baixos”, pontua o analista.

Milho

Nos negócios do milho, os preços caíram, já que, assim como na soja, os fundamentos de oferta são benéficos para as quedas, segundo o analista do Itaú BBA. Nesta segunda-feira, os contratos para julho cederam 0,62%, a US$ 4,4350 o bushel.

Para Francisco Queiroz, como as perspectivas de oferta para o cereal são favoráveis, não há muito espaço para reação nos valores futuros. Segundo ele, algumas altas pontuais podem acontecer, principalmente pela valorização do trigo em Chicago.

“Apesar de ser menor em relação ao último ano, a produção de milho americana ainda é bem positiva. Mas se o trigo se mantiver valorizado devido à quebra de safra na Rússia, isso vai ajudar na sustentação do milho, mesmo que ele tenha fundamentos de baixa”, observa.

Geralmente, o milho acompanha as oscilações do trigo na bolsa, já que os dois cereais competem no mercado por se tratarem de uma das principais matérias-primas da indústria de ração animal.

Trigo

O trigo foi negociado com preços em queda na bolsa de Chicago, puxado por uma realização de lucros após uma escalada de mais de 16% observada em maio. Os lotes para julho caíram 0,85%, a US$ 6,7275 o bushel.

Agentes de mercado seguem monitorando as condições climáticas adversas para as safras de trigo na Rússia, Ucrânia e regiões da Europa.

Em contrapartida a esse cenário, há uma perspectiva favorável para a produção americana. O início da colheita no Hemisfério Norte, em meados de julho, também pode aumentar a pressão de oferta e impactar negativamente as cotações.