O Piauí se destacou nacionalmente ao registrar o segundo maior crescimento na arrecadação de impostos no setor de energias no primeiro trimestre de 2024. De acordo com o Informe Macroeconômico do Banco do Nordeste, elaborado pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), o estado teve um aumento de 58% na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) relacionado ao setor, ficando atrás apenas do Espírito Santo (91,9%) e à frente de Maranhão (46,5%) e Minas Gerais (41,6%).
Além do crescimento no setor de energia, o Piauí também apresentou um aumento de arrecadação no setor secundário, que inclui atividades relacionadas à indústria de transformação, construção civil e produção de energia. O estado teve um crescimento de 16,7%, ficando atrás do Espírito Santo (27,1%) e Maranhão (21,2%). Em todo o país, o setor registrou crescimento de 8,4% em sua arrecadação.
No setor terciário, que abrange comércio e serviços, o Piauí foi o estado do Nordeste com o maior crescimento na arrecadação de impostos. No primeiro trimestre de 2024, o valor arrecadado de ICMS ultrapassou R$ 1,7 bilhão, um crescimento de 32% em comparação com o mesmo período de 2023
Segundo o estudo, a economia do Nordeste em 2024 apresentou crescimento com a arrecadação de ICMS atingindo R$ 32,3 bilhões e um ganho real de 14,3%. O setor terciário foi responsável por 46,6% dessa arrecadação.
Nordeste foi a região que mais cresceu no Brasil
O índice de atividade econômica do Banco Central do Brasil mostrou ainda que o Nordeste cresceu 3,2% no primeiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, liderando entre as regiões brasileiras. O Norte e o Sudeste seguiram com crescimento de 3,1%, enquanto o Sul registrou 1,4%. O Centro-Oeste não teve aumento econômico no período.
A atividade econômica do Nordeste foi impulsionada pelo avanço nos setores de serviços e comércio, melhorias no mercado de trabalho, aumento do rendimento médio real e desinflação. Apesar das condições financeiras ainda apertadas, com altas taxas de juros e endividamento familiar elevado, a região se destacou como a terceira maior em empregos formais no Brasil, com 16,5% do total nacional.
O setor de serviços liderou a geração de empregos no Nordeste, criando 83.705 novas vagas, com destaques para atividades administrativas (+23.394), educação (+18.504) e saúde e serviços sociais (+13.549). A construção também teve um saldo positivo significativo, com 15.152 novas vagas, sendo construção de edifícios (+11.382), obras de infraestrutura (+3.350) e serviços especializados em construção (+420) os segmentos mais destacados.
Fonte: Piauí Negócios
