Cotações avançaram após três quedas consecutivas, motivadas por questões técnicas
O dia foi de alta para os preços da soja na bolsa de Chicago, que avançou devido a fatores técnicos e fundamentais. Nesta quarta-feira (30/10), os papéis para janeiro de 2025, os mais negociados na sessão, fecharam em elevação de 1,17%, para US$ 9,7650 o bushel.
Primeiro, a soja foi apoiada por questões técnicas, já que vinha de três quedas consecutivas. Além disso, a subida de quase 3% no óleo de soja no mercado internacional puxou a alta nas cotações do grão, bem como o anúncio de venda de mais de 260 mil toneladas da oleaginosa dos EUA.
Mesmo com a valorização da soja na sessão de hoje, o cenário para os preços ainda se mostra de baixa. Entre os fatores que colaboram para isso, está o desenvolvimento da safra no Brasil.
“Temos excelentes previsões de chuvas para os próximos 15 dias, o que deve ajudar no plantio e no desenvolvimento da soja”, destaca Marcela Marini, analista de grãos do Rabobank.
Milho
Houve uma leve queda nos preços do milho na bolsa de Chicago. Os contratos para dezembro caíram 0,54%, para US$ 4,1150 o bushel.
De acordo com Marcela Marini, do Rabobank, as projeções com a oferta americana ainda são pontos importantes para a formação de preços no exterior.
“Os Estados Unidos estão vindo da segunda maior safra, elevando os estoques de milho americanos e pressionando as cotações de Chicago”. A colheita da safra 2024/25 deve atingir 386,18 milhões de toneladas, menor apenas que o recorde de 389,67 milhões produzidas no último ciclo, segundo dados do Departamento de Agricultura americano (USDA).
Além do quadro favorável para a produção lá fora, as previsões de chuva para o Brasil tendem a ser negativas para as cotações do cereal, pois podem beneficiar o plantio do milho safrinha dentro de uma janela ideal, à medida que a soja diminui o atraso na semeadura.
Trigo
O trigo estendeu a movimentação de alta vista ontem na em Chicago. Os lotes do cereal para dezembro subiram 0,48%, cotados a US$ 5,7325 o bushel.
Além do atraso no plantio da safra de inverno nos EUA, os investidores olharam para resultados ruins das exportações de trigo na Europa.
As vendas externas do cereal no bloco atingiram 7,26 milhões de toneladas no acumulado da safra até o último dia 25 de outubro, queda de 33,3% se comparado com o mesmo período do ano anterior, segundo dados da Comissão Europeia.