Cotação futura subiu nesta quarta após recuo no dia anterior
Com elementos díspares no mercado de café, os preços não encontram uma trajetória definida na bolsa de Nova York. Após a queda de ontem, os lotes para dezembro fecharam em alta de 0,60% na sessão desta quarta-feira (30/10), a US$ 2,4960 a libra-peso.
No médio prazo, os problemas com a seca registrados em cafezais brasileiros podem resultar em queda na produção. Nesse sentido, o país deve desacelerar os embarques a partir do primeiro semestre de 2025,. Os envios devem totalizar 45 milhões de sacas de 60 kg, um recuo de 3,4 milhões de sacas em relação às previsões para o encerramento deste ano, que deve ser de 48,4 milhões de sacas, conforme dados do Rabobank.
Limitam as altas do café as floradas que se desenvolvem em lavouras do Brasil. As chuvas recentes beneficiaram em alguma medida as plantas. No entanto, ainda não está claro se o florescimento irá resultar em bons resultados de produtividade.
Cacau
Depois de experimentar uma alta de mais de 5% na última sessão, o cacau seguiu valorizado na bolsa de Nova York. Os lotes para março de 2025 avançaram 1,55%, cotados a US$ 6.957 a tonelada.
O excesso de chuvas na Costa do Marfim, maior produtor mundial da amêndoa, impulsionaram as cotações, segundo o site Barchart.
O aumento das precipitações pode atrapalhar a colheita no país, onde a expectativa, por enquanto, é de recuperação na oferta da safra 2024/25, que começou neste mês.
Açúcar
Nos negócios do açúcar na bolsa nova-iorquina, os lotes demerara com entrega para março do ano que vem subiram 0,63%, a 22,22 centavos de dólar por libra-peso.
A safra brasileira é um ponto de atenção do mercado. Segundo Andy Duff, analista do Rabobank, os próximos meses serão decisivos em relação ao potencial produtivo da safra de cana no país porque, mesmo com as chuvas atuais, não é possível dimensionar a produção.
O banco espera que o preço médio do açúcar em Nova York se mantenha em 20,7 centavos de dólar por libra-peso tanto para 2024, quanto para 2025.
Suco de laranja
O suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) fechou a sessão praticamente estável. Os lotes para janeiro do ano que vem, os mais negociados, caíram 0,17%, para US$ 4,8335 a libra-peso.
Esse movimento de queda pode ser considerado pontual, já que a tendência é de alta para as cotações, diante de um cenário conturbado para a oferta, destaca o analista do Rabobank, Andres Padilla.
“Estamos vivenciando a menor safra em 35 anos em São Paulo”, disse Padilla. A última projeção para a safra 2024/25 é de 215 milhões de caixas, o que já representa uma redução de 30% mas, devido à intensidade da estiagem em 2024, “há o risco de que seja ainda menor”, estimou o analista.
Algodão
Por fim, no mercado do algodão, os papéis para dezembro fecharam em queda de 0,91%, a 69,62 centavos de dólar a libra-peso.