Nesta terça-feira (15/04), é celebrado o Dia Nacional da Conservação do Solo, a Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) reforça a importância da preservação desse recurso natural vital. Segundo relatório da FAO, com participação da Embrapa Solos, 33% dos solos do mundo já estão degradados por processos como erosão, salinização e contaminação. Além de comprometer a produtividade agrícola, essa degradação agrava o aquecimento global ao reduzir a capacidade do solo de captar carbono.

Embora o Brasil ocupe o quinto lugar entre os maiores produtores globais de alimentos, a responsabilidade de manter a sustentabilidade no campo se torna cada vez mais evidente. A conservação do solo é crucial para garantir a segurança alimentar da população em crescimento e para enfrentar os desafios ambientais do presente. Para o presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo, Clorialdo Roberto Levrero, o solo precisa ser visto como bem coletivo e não apenas como propriedade privada. Ele destaca que escolhas conscientes da sociedade impactam diretamente a saúde do solo e, consequentemente, dos recursos naturais disponíveis.
A agricultura moderna tem incorporado novas tecnologias para recuperar e manter a vitalidade dos solos. O conselheiro da Abisolo, Giuliano Pauli, afirma que o setor investe em soluções que vão além do aspecto químico, considerando também os componentes físicos e biológicos do solo. Fertilizantes especiais, biofertilizantes e organominerais são desenvolvidos pelas empresas associadas, com o objetivo de estimular a microbiota e regenerar áreas degradadas. Essas ações se somam a práticas como plantio direto, rotação de culturas e uso de matéria orgânica.
Esse avanço já se traduz em números. Segundo o Anuário Abisolo 2023, o mercado de fertilizantes especiais cresceu 2% em 2022, movimentando R$ 22,64 bilhões. O segmento de biofertilizantes teve alta de 5,6% e o de fertilizantes minerais especiais, de 8,3%. Para Levrero, o solo precisa ser lembrado e cuidado todos os dias. A indústria, afirma ele, contribui ativamente com esse processo ao investir, em média, 2,8% do faturamento anual em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.