Criado há 20 anos pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em parceria com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), o Impostômetro atingiu a marca impressionante de R$ 40 trilhões em tributos arrecadados no Brasil desde sua criação.
O valor, segundo cálculos da entidade, seria suficiente para comprar mais de 575 milhões de casas populares ou 571 milhões de carros — uma amostra simbólica da dimensão da carga tributária brasileira.
Além de sua função informativa, o painel do Impostômetro tem se consolidado como ferramenta de conscientização fiscal, mostrando aos cidadãos o quanto se paga em tributos federais, estaduais e municipais. “É indiscutível que ele cumpre seu papel de mostrar a realidade tributária do país e estimular reflexões sobre a gestão pública”, afirma Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT.
Estudos do instituto indicam que o brasileiro trabalha, em média, 149 dias por ano apenas para pagar impostos. E mesmo com essa carga elevada, o Brasil aparece mal posicionado no retorno de bem-estar à sociedade, ocupando a 30ª colocação entre os países com maior carga tributária e pior aproveitamento dos recursos arrecadados.
Para o presidente-executivo do IBPT, João Elói Olenike, os dados reforçam a urgência de uma reforma tributária mais eficiente. Apesar da aprovação da nova proposta no Congresso, ele alerta que a manutenção do volume arrecadatório sem mudanças estruturais pode deixar o sistema igualmente oneroso e ineficaz para a população.
