A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) revisou para baixo sua projeção para as vendas internas de máquinas agrícolas em 2023. O novo número estabelecido é de 60,6 mil unidades, o que representa uma queda de 10% em relação às 67,4 mil unidades vendidas em 2022. A projeção anterior, feita em fevereiro, era de 65 mil unidades para este ano.
Essa redução nas vendas é atribuída a dois principais fatores: a queda nos preços das commodities agrícolas e condições climáticas adversas. O presidente da Anfavea, Márcio Lima, observou que, apesar da queda, 2023 ainda é considerado um dos melhores anos da história do setor.
A vice-presidente de máquinas da Anfavea, Ana Helena Andrade, ressaltou que a frota agrícola brasileira é antiga e que o número de máquinas disponíveis para os produtores ainda é inferior às necessidades do setor. Ela mencionou que a relação de tratores por hectare no Brasil é menor do que em comparação com países como a França e o Japão.
O clima adverso também desempenhou um papel importante na redução das vendas, uma vez que a última safra foi afetada por secas, geadas e inundações. A situação adversa levou muitos agricultores a adiar investimentos em novas máquinas.
Apesar da queda nas vendas internas, a Anfavea manteve sua projeção de queda de 13,1% nas exportações de máquinas agrícolas em 2023, com um total de 9,3 mil unidades previstas para serem vendidas no exterior.
Fonte: canal rural
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