
A manhã desta sexta-feira (14) foi marcada por protestos na entrada oficial da COP30, com lideranças indígenas bloqueando o acesso de delegações, voluntários, funcionários e imprensa. Apesar da natureza pacífica, a manifestação impediu a entrada de credenciados e gerou atrasos na programação do evento.
Nossa diretora de conteúdo, Jaqueline Silva, que tentava acessar o espaço no momento do bloqueio, relatou as dificuldades. Ela e o diretor do Canal Rural Sul, Giovani Ferreira, precisaram utilizar uma segunda entrada aberta emergencialmente pela organização. O acesso principal só foi liberado por volta das 9h50, após o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, conversar diretamente com os manifestantes.
Segundo Jaqueline, a alternativa criada para a entrada das equipes contou com segurança reforçada. “Havia um grande contingente do exército e policiamento no entorno. Todos foram revistados e precisaram apresentar bolsas e credenciais”, afirmou.
Desafios operacionais
De acordo com Ferreira, manifestações desse tipo são recorrentes e se repetem em praticamente todas as edições da COP. “O ativismo está presente em todas as COPs. Isso acaba, de certa forma, atrapalhando, atrasando, limitando e dificultando o acesso da sociedade civil, assim como dos negociadores aos locais do evento”, explicou.
O diretor também ressalta que desafios operacionais são comuns em grandes conferências climáticas. Ele citou exemplos de edições anteriores, como em Glasgow (2021), onde mais de 40 mil participantes precisavam realizar testes diários de Covid-19, e em Sharm el-Sheikh (2022), que enfrentou escassez de água nas instalações.
“Os problemas existem em todas as COPs. O segredo está em agir rápido, identificar e se preparar para resolvê-los, garantindo que a conferência ocorra dentro da normalidade”, concluiu.
O acesso foi normalizado ao longo da manhã, e a programação da COP30 seguiu com ajustes pontuais.
Fonte: Canal Rural.








