A cidade de São Paulo receberá um acréscimo de R$ 240 milhões para intensificar as ações de combate à dengue. Esses recursos serão destinados à ampliação do horário de funcionamento das unidades de atendimento médico ambulatorial (AMA) até às 22h, à contratação de mais 500 médicos, à aquisição de 30 caminhonetes para nebulização e à inclusão de 3,2 mil agentes do programa Operação Trabalho (POT) – 100 em cada uma das 32 subprefeituras.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (13/03) pelo prefeito Ricardo Nunes, que destacou a importância dos agentes para conscientizar a população. Ele ressaltou que 80% dos casos de dengue ocorrem dentro das residências.
A partir de segunda-feira (18/03), as 80 unidades de AMA passarão a funcionar três horas a mais por dia, estendendo o atendimento até às 22h. Com isso, a capital paulista contará com um total de 96 veículos equipados com nebulizadores de inseticida (fumacê) contra o mosquito Aedes aegypti – atualmente são 66.
Além disso, haverá um reforço na campanha de conscientização, com faixas em cruzamentos de vias, terminais de ônibus e dentro dos coletivos. Serão contratadas 6,5 mil mães pelo POT Mães Guardiãs, que passarão por um curso de capacitação para orientação nas escolas municipais e atuarão como agentes multiplicadores. Elas receberão R$ 988 para trabalhar quatro horas por dia na estratégia de conscientização.
O prefeito Nunes ressaltou a importância da população informar à prefeitura sobre possíveis criadouros do mosquito, através do Whatsapp no número 11937123805, do telefone 156 ou do site.
A gestão municipal informou que neste ano já houve um aumento no número de agentes de saúde realizando ações contra o mosquito Aedes aegypti nas ruas e nas residências. Mais de 3 milhões de ações já foram realizadas na cidade este ano, incluindo visitas domiciliares, vistorias em imóveis, bloqueios e nebulizações. Em 2023, foram 5 milhões de ações durante o ano.
A prefeitura também aumentou seis vezes o número de agentes nas ruas, de 2 mil para 12 mil, além do uso de drones para mapeamento e aplicação de larvicidas em áreas de difícil acesso.
Um levantamento mostra que a cidade de São Paulo apresenta um coeficiente de incidência (CI) 62% menor em comparação com a média nacional e 31% menor em relação ao estado.
Fonte: Agência Brasil