De acordo com o 1º Levantamento de Cana-de-Açúcar divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de cana-de-açúcar na safra 2023/24 deverá crescer em 4,4% em relação ao ciclo anterior, atingindo 637,1 milhões de toneladas.
O aumento é resultado de um melhor rendimento das lavouras e da maior área destinada ao cultivo da cultura.
A estatal espera que sejam destinados 8,4 milhões de hectares de cana para a colheita, com um rendimento médio de 75.751 quilos por hectare.
A expectativa é de crescimento em todas as regiões, com destaque para o Sudeste, que é a principal produtora da cultura, onde o volume colhido deverá aumentar em 4,4%, podendo chegar a 404,71 milhões de toneladas.
Na região Centro-Oeste, segunda maior produtora, a estimativa de produção é de 140,9 milhões de toneladas, com elevação de área e produtividade neste ciclo.
No Sul do país, espera-se que a região produza 31,7 milhões de toneladas de cana.
A região Nordeste deve manter a colheita próxima à estabilidade, com uma projeção de 55,7 milhões de toneladas.
De acordo com o levantamento, a fabricação de açúcar deverá chegar a 38,77 milhões de toneladas, sendo a segunda maior já registrada na série histórica, perdendo apenas para a temporada de 2020/21.
Além da maior colheita esperada para a matéria-prima na atual safra, o mercado favorável ao adoçante influencia na maior destinação da cana. A produção do etanol também deverá crescer 5,9%, podendo chegar a 33,17 bilhões de litros.
A perspectiva é de novos ganhos com as exportações dos produtos derivados da cana na safra 2023/24. As cotações no mercado externo registram uma alta de 5% na comparação com o ciclo anterior, cenário influenciado pela oferta global restrita.
O comportamento das cotações do petróleo, influenciadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia, também impacta nos preços tanto do açúcar quanto do etanol.
Fonte: Conab.
