O Ato 16 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária foi publicado no Diário Oficial da União, trazendo o registro de 44 defensivos agrícolas formulados, dos quais 7 são considerados de baixo impacto.
Esse ato de registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é visto como uma garantia de mais opções de produtos para controle de pragas na agricultura. Dos sete produtos biológicos registrados, cinco são destinados para a agricultura orgânica à base de Trichoderma atroviride, Trichoderma viride, Telenomus podisi e Baculovirus. Os outros dois produtos de baixo impacto são compostos por Pseudomonas oryzihabitans e Trichoderma atroviride.
O produto à base de Trichoderma atroviride se destaca por ser o primeiro registrado com base nesse princípio ativo, que é um dos agentes de controle biológico mais empregados na agricultura mundial. É um fungo cosmopolita filamentoso, comumente encontrado no solo e isolado tanto de climas tropicais quanto temperados, conhecido por suas capacidades de biocontrole contra uma variedade de fitopatogênicos.
Esse produto é uma ferramenta para controle de Sclerotinia sclerotiorum, popularmente conhecido como mofo branco, que afeta várias culturas, como, por exemplo, abóbora, alface, batata, berinjela, feijão, melancia, melão, pepino e soja.
Os produtos fitossanitários aprovados para a agricultura orgânica foram registrados com base em Especificação de Referência (ER) e podem ser usados em qualquer cultura com ocorrência dos alvos biológicos, sendo indicados tanto para os cultivos orgânicos quanto para os convencionais.
Os produtos de baixo impacto, além de serem eficientes do ponto de vista agronômico, apresentam baixo ou nenhum impacto sobre a saúde humana e o meio ambiente. O uso desses produtos vem ganhando cada vez mais espaço na produção agrícola brasileira.
Dos produtos químicos registrados, um herbicida contém o ativo Aminociclopiracloro, que é novo para controle de diversas plantas daninhas em pastagens.
Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, resultando em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.
De acordo com o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, José Victor Torres, em 2023 já são 66 produtos registrados, sendo 15 de baixo impacto, dos quais nove são autorizados para agricultura orgânica. Comparando com o ano anterior, houve um incremento de três produtos de baixo impacto. Isso demonstra o quanto vem crescendo a cada ano o registro de agrotóxicos de base biológica.
Fonte: Mapa.