Um estudo conjunto realizado pela Embrapa Florestas, Itaipu Binacional, Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) revelou a presença de oito espécies de abelhas-sem-ferrão no Refúgio Biológico Bela Vista (RBV) da Itaipu Binacional, sendo uma delas inédita no Brasil. Essas descobertas são de grande importância para a conservação da biodiversidade local e auxiliam no direcionamento de políticas públicas para a preservação das abelhas nativas.
O levantamento, parte do projeto “Diagnóstico e conservação da fauna de Hymenoptera em áreas naturais da Itaipu Binacional, com ênfase em espécies da tribo Meliponini”, estabeleceu protocolos para avaliação, identificação e registro das espécies de abelhas no Refúgio Biológico. Esse estudo não apenas fornece informações valiosas sobre a área, mas também apoia iniciativas de conservação, especialmente no oeste do Paraná, onde está localizado o RBV.
Além de identificar novas espécies, o estudo permitiu o estabelecimento de protocolos de manejo dos meliponíneos e o desenvolvimento de um módulo protetor de caixas para proteger as colônias de predadores. Essas iniciativas não apenas contribuem para a conservação das espécies, mas também beneficiam as comunidades locais, promovendo a biodiversidade na região.
Confira a lista das oito espécies de abelhas identificadas:
- Borá (Tetragona clavipes)
- Jataí (Tetragonisca fiebrigi)
- Guiruçu (Schwarziana quadripunctata)
- Canudo (Scaptotrigona depilis)
- Arapuá (Trigona spinipes)
- Mirim Droryana (Plebia droryana)
- Mirim Nigriceps (Plebeia nigriceps)
- Abelha Limão (Lestrimelitta chacoana) – registrada pela primeira vez no Brasil.
Essas descobertas ressaltam a importância do Refúgio Biológico Bela Vista como um habitat para uma rica diversidade de abelhas e reforçam a necessidade contínua de preservação e manejo adequado dessas espécies para garantir a saúde dos ecossistemas locais.
Fonte: Agrolink