Agricultura

Aumento do custo do frete e energia instável afetam produtores em GO

Atraso no plantio da safra de soja não é a única preocupação dos agricultores do Centro-Oeste A presidente do Grupo Associado de Pesquisas do Sudoeste Goiano (Gapes), Flavia Montans, reitera que o ponto mais preocupante do atraso do plantio da soja é, na verdade, o impacto que ele terá sobre os resultados do milho safrinha. …

Atraso no plantio da safra de soja não é a única preocupação dos agricultores do Centro-Oeste

Erick Van Den Broek, administrador na SyncBio, conta que o aumento dos preços é outro elemento de preocupação para este ciclo — Foto: Globo Rural

A presidente do Grupo Associado de Pesquisas do Sudoeste Goiano (Gapes), Flavia Montans, reitera que o ponto mais preocupante do atraso do plantio da soja é, na verdade, o impacto que ele terá sobre os resultados do milho safrinha. “Existe uma janela ideal para o plantio, e quando uma cultura atrasa, a próxima acaba sofrendo o impacto”, esclarece.

De acordo com o levantamento do grupo, a partir do dia 25 de janeiro, início do calendário do milho, cada dia de atraso no plantio gera perdas de 1,22 saca por hectare, em média. Isso diminui a rentabilidade dos produtores.

Mas o atraso do plantio não é o único receio dos produtores do Centro-Oeste na atual temporada. Erick Van Den Broek, administrador na SyncBio, conta que o aumento dos preços é outro elemento de preocupação para este ciclo. “Isso pode ter impacto no preço do combustível, já que não temos como comprar combustível com antecedência, como fazemos com os insumos, diz.

Além do uso cotidiano, o combustível desempenha um importante papel: é ele que garante, afinal, a energia elétrica nas fazendas goianas, que enfrentam um desafio com as quedas recorrentes e dependem de estratégias alternativas, como geradores e placas solares. No entanto, quando há queda na rede de energia, até mesmo as placas solares não conseguem transmitir a energia para a rede.

“O maior problema na região é a energia”, avalia Paulo Roberto Bufon, vice-presidente do Gapes. Assim, segundo a fazendeira Patricia Kompier, do grupo Kompier, de Montividiu (GO), a falta de energia gera a necessidade do uso de geradores movidos à diesel. “Recentemente, por causa da falta de energia, chegamos a usar geradores por quatro dias seguidos”, relatou.