Condições de solo no país pioraram e também favoreceram a valorização da oleaginosa
O preço futuro da soja não sofreu grandes alterações na bolsa de Chicago, já que os fundamentos praticamente anularam forças de alta ou de baixa. Nas negociações desta quinta-feira (31/10), os lotes para janeiro, os mais líquidos, avançaram 0,33%, para US$ 9,9450 o bushel.
A soja avançou pelo aumento nos números de vendas dos EUA. O saldo líquido na semana encerrada em 24 de outubro chegou a 2,27 milhões de toneladas, crescimento de 6% se comparado com o volume negociado na semana imediatamente anterior, segundo o Departamento de Agricultura americano (USDA).
Também pautou a elevação da soja a piora das condições de solo nos EUA. Do total de campos de soja no país, 73% enfrentam algum grau de seca. Esse índice está acima dos 68% relatados uma semana atrás, e também é maior que os 38% do mesmo período no ano passado.
Em oposição a fatores positivos para as cotações, o mercado de soja ainda segue pautado pela pressão de oferta, que vem do avanço da colheita nos EUA, e também das melhorias para o clima no Brasil, que devem beneficiar o andamento do plantio.
Milho
Já o preço do milho ficou praticamente estável na bolsa nesta quinta. Os contratos para dezembro fecharam em baixa de 0,18%, para US$ 4,1075 o bushel.
O Departamento de Agricultura americano indicou um recuo na demanda por milho do país. As vendas líquidas caíram 7% na semana finda em 24 de outubro, com um volume de 2,34 milhões de toneladas.
Mas a condição de solo do milho americano piorou, impedindo um recuo ainda maior do milho na bolsa. De acordo com o USDA, do total de áreas no país, 81% estão com algum grau de seca, uma semana antes, o índice era de 76%.
Trigo
O trigo foi negociado com preços mais baixos na sessão, em meio a melhora prevista para o clima em áreas produtoras americanas. Os contratos para dezembro fecharam em queda de 0,48%, cotados a US$ 5,7050 o bushel.
De acordo com a consultoria Granar, as baixas no trigo estão relacionadas com a previsão de chuvas no sul das Grandes Planícies, onde estão as principais áreas produtoras de trigo de inverno nos EUA.
O recuo na sessão também é explicado pelo fraco resultado de vendas do cereal americano. O saldo líquido das negociações caiu 14% na semana do dia 24 de outubro, com um volume de 411,4 mil toneladas.