A pecuária de corte brasileira vem incorporando a tecnologia blockchain para garantir rastreabilidade ambiental e agregar valor à carne destinada aos mercados mais exigentes. A ferramenta, desenvolvida por empresas como a GPX Tecnologia, permite o monitoramento detalhado de toda a cadeia produtiva, desde a criação dos animais até o abate, com foco na redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e no cumprimento de normas ambientais.
O sistema utiliza dados de alimentação, manejo, uso de água e energia para calcular as emissões em diferentes modelos de produção, como confinamento ou integração lavoura-pecuária. Informações também são coletadas na indústria frigorífica, considerando o consumo de energia, o uso de insumos e o tratamento de resíduos. Todos os dados são registrados em blockchain, o que assegura transparência, segurança e imutabilidade das informações, atendendo exigências como a Lei Antidesmatamento da União Europeia (EUDR), que entra em vigor em 2025.
A tecnologia também viabiliza a elaboração de relatórios de sustentabilidade com base em padrões como GRI e GHG Protocol, monitorando as emissões diretas e indiretas da cadeia. O investimento varia conforme o porte da propriedade, com alternativas como a geração de créditos de carbono em áreas preservadas para produtores que enfrentam dificuldades financeiras. A implementação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões torna esse controle ainda mais necessário para propriedades com altas emissões.
Com isso, a rastreabilidade por blockchain se consolida como um diferencial competitivo para os pecuaristas brasileiros. Além de garantir conformidade legal e ambiental, a ferramenta fortalece o posicionamento do Brasil como fornecedor de proteína animal rastreável, sustentável e alinhada com as tendências do mercado global.
